Defesa Civil diz que Rio D’Areia causou enxurrada no Limeira

Comunidade afirma que foi rompimento de tanque

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Atualizado há 9 anos

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Moradores ficaram assustados com a enxurrada

As causas que levaram o pequeno Rio D’Areia a transbordar na noite de sábado, 20, são objeto de divergência entre famílias da parte baixa do Bairro Limeira e a Defesa Civil. A forte chuva que caiu no sábado em União da Vitória fez o Rio D’Areia, na zona sul da cidade, elevar seu nível em questão de minutos. Dezenas de casas foram atingidas na Rua Esperança e próximo ao Pontilhão. Pelos menos cinco outras ruas ficaram inundadas e houve registros de famílias isoladas dentro de suas próprias casas. Algumas ficaram com mais de um metro de água dentro das casas. O Corpo de Bombeiros esteve no local ajudando as pessoas a deixar as casas nos lugares mais atingidos. A água baixou rapidamente, cerca de uma hora depois.

Ainda segundo os moradores atingidos, algumas casas tiveram mais de um metro de inundação. Os moradores estavam entre indignados e desolados contabilizando os prejuízos instantâneos. Os Bombeiros fizeram o levantamento das ruas atingidas, enquanto que a Defesa Civil ajudou na retirada dos atingidos. O prefeito de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv (PT), acionou a Defesa Civil do município, que determinou a abertura da escola do Bairro para auxiliar os moradores atingidos e ordenou o secretário de Meio Ambiente, Sidnei Cieslak para acompanhar a situação.

A divergência

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Seu Alcides Inácio tentou ajudar os vizinhos durante os momentos de inundação da noite de sábado

De acordo com moradores, o motivo de tanta água teria sido o rompimento de um ou mais tanques na região do Legru. Trinta minutos depois da enxurrada, a água já estava sobre a Avenida André Juck, na entrada do Bairro. Mas a Defesa Civil de União da Vitória não confirmou esta informação até o enceramento desta edição. O diretor da Secretaria de Agricultura e da Defesa Civil de União da Vitória, Douglas Maycon Malschitzky, disse que vistoriou as propriedades daquela região e nenhum tanque ou açude havia se rompido. “Houve relato de chuva intensa na região de Porto União no Legru. A água veio pelo Rio D’Areia e causou a enxurrada”, explicou. Malschitzky disse que se em União da Vitória o registro de chuvas foi fraco, no Legru até a BR-153, a chuva castigou. “Temos registro de pessoas que tiveram de aguardar no acostamento, tal a violência da chuva”, completou. Mesmo assim a Defesa Civil vai continuar percorrendo as propriedades para atestar as reais causas da enxurrada.

Os moradores usaram botes para sair de suas casas. Muitos estavam com medo do nível aumentar. A força da água quebrou a pequena embarcação de um dos moradores que auxiliava na retirada de pessoas idosas ou com problemas de locomoção. “Foram horas de terror, nunca tinha visto esse riozinho com tanta força”, comentou Alcides Inácio, morador há trinta anos no Bairro.