O Prefeito de Porto União, Anízio de Souza, realizou uma reunião com os integrantes da Comissão Municipal de Defesa Civil, na manhã de segunda-feira, 14, no gabinete, para discutir sobre a decretação da situação de emergência no município, devido as chuvas intensas. Estiveram presentes também os vereadores Paulo Kovalski e Gildo Masselai.
As variações climáticas sentidas em toda a região Sul do Brasil ocasionaram nos últimos meses períodos longos de chuvas intensas, o que tem prejudicado muito o setor agrícola. Somente no Planalto Norte Catarinense os municípios de Mafra, Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Irineópolis e Itaiópolis já decretaram ou pretendem decretar a situação de emergência pelo mesmo motivo.
A administração pensa na situação de emergência como um aporte caso o agricultor precise de um auxilio maior. “O que pode favorecer lá na frente de repente um incentivo fiscal, uma renegociação de dívidas, uma situação que favoreça principalmente o setor agrícola de Porto União”, confirma o coordenador regional da Defesa Civil, Edson Antocheski. Segundo ele ainda está mantida a previsão para os próximos dois meses de muita chuva. “Segundo a Epagri é possível que tenhamos um período de chuva se estendo até fevereiro de 2016, acima da média normal”, diz.
O coordenador municipal da Defesa Civil, Adhemar Lírio, a reunião serviu para apresentar a situação aos integrantes da Defesa Civil. “Depois de apresentada a situação, optamos por fazer o decreto, para que no futuro o agricultor possa ter esse respaldo comprovando a situação e buscar um aporte para ver a questão de seus financiamentos”, explica Lírio.
O secretário de Agricultura, Roberto Bonfleur, relatou os prejuízos já registrados por meio da Secretaria e da Epagri no munícipio. “É uma perda muito grande no setor agropecuário, mais de 20% de todo o movimento econômico está perdido, com possibilidade agravamento. Já está passando o prazo do zoneamento agrícola, os produtores não conseguiram plantar, as lavouras estão muito ruins, há perdas no leite, perdas em frutas, perda no mel, perda em todos o produtos e com isso há a necessidade de decretar a situação de emergência”, comenta Bonfleur. “Calculamos que os prejuízos já ultrapassam os 16 milhões em Porto União”, confirma. “Esse decreto faz parte de um procedimento normal que o município deve adotar quando as perdas ultrapassam um determinado valor, então a necessidade está presente e a maior preocupação é a continuidade de um tempo não muito propício ao setor agrícola e isso fará com que as perdas aumentem em nosso município”, finaliza.
O Vice-prefeito Aloisio Salvatti, também Secretário de Obras do município, confirma que os prejuízos acontecem também nas estradas rurais. “Temos que ter um apoio na conservação das estradas também, pois o produtor precisa de uma boa estrada para o escoamento da produção, o munícipio não tem como manter financeiramente sozinho a manutenção das estradas, mas mesmo assim estamos trabalhando todos os dias com as máquinas para garantir um acesso bom”, destaca.
“A nossa preocupação com a agricultura é muito grande, porque como em decorrência do período chuvoso, os agricultores que conseguiram plantar não conseguiram colher; os que trabalham com as hortaliças, daqui a pouco não vão ter nem produto para oferecer; em decorrência disso convocamos a reunião da Defesa Civil para decretarmos a situação de emergência”, afirma Anízio.