Onze organizações da sociedade civil que defendem as liberdades de imprensa e de expressão se manifestaram nesta quinta-feira (10.nov.2022) sobre o aumento de ataques a jornalistas e a meios de comunicação após o segundo turno das eleições. O comunicado pede que as autoridades ajam, de forma imediata, para garantir que jornalistas e comunicadores possam exercer o direito constitucional de trabalhar na cobertura da transição e posse do novo governo.
Mais de 40 equipes jornalísticas foram atacadas na cobertura de atos antidemocráticos. As entidades exigem dos agentes públicos garantias para o trabalho jornalístico na transição e posse do novo governo, e especial atenção nas manifestações que convocam atos ilícitos e que podem se intensificar no feriado da Proclamação da República (15.nov.2022), na diplomação do presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice, Geraldo Alckmin (PSB) (19.dez.2022), e na cerimônia e festa de posse do novo presidente (1.jan.2023).
As organizações signatárias são: Artigo 19, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.
A iniciativa é fruto de uma articulação promovida por entidades internacionais e nacionais desde abr.2022, que resultou em outras ações visando à proteção de jornalistas durante as eleições de 2022. O mesmo movimento escreveu uma carta aos presidenciáveis, seus partidos e coligações, em defesa de condições livres e seguras para a atividade jornalística no período eleitoral.
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