A Black Friday deste ano gerou um faturamento de R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 5,8% em comparação com o ano passado, de acordo com dados da Neotrust.
Mesmo com o aumento, a edição deste ano frustrou o mercado, que projetava um faturamento na casa dos R$ 6,1 bilhões. O tíquete-médio nacional das compras, ou seja, a média de valor gasto pelos consumidores, foi de R$ 711,38.
Quanto ao volume de encomendas recebidas pelos Correios referentes somente a Black Friday, a empresa indica um aumento de 42% em comparação com 2020, o que representa, em números absolutos, mais de 18,9 milhões de remessas.
Em nota, os Correios atestaram que o aumento representa a confiança que o mercado deposita na instituição.
“O desempenho superior representa a confiança do mercado nos importantes esforços da empresa, para entregar a melhor experiência aos clientes, vendedores e compradores”.
Os produtos que geraram maior faturamento para as empresas nesta Black Friday foram os de telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, produtos de informática e móveis.
Quanto às categorias de produtos com maior número de pedidos, o destaque é para moda e acessórios, seguido por beleza e perfumaria, telefonia, eletroportáteis e eletrodomésticos.
Black Friday no Vale do Iguaçu
Em valores nominais, a Black Friday de 2021 teve o mesmo desempenho do que a de 2020 no Vale do Iguaçu. Em valores reais, levando em conta a inflação, a data teve queda de faturamento entre 8% e 10%, aponta Thiago Jorge Iwanko, diretor de relações públicas da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de União da Vitória e Porto União.
A justificativa dos lojistas e comerciantes associados, de acordo com Thiago, além do aumento dos preços dos produtos causada pela inflação, foi o aumento do endividamento e escolha por gastar com viagens ao invés de produtos.
“Tivemos a redução do poder de compra dos trabalhadores. O salário não acompanhou a inflação devidamente. A gente teve também um aumento do endividamento da família brasileira. Entretanto, a gente viu uma baixa consulta no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), então a gente teve menos compras acontecendo nas lojas. O pessoal tem gastado esse dinheiro, que no ano passado estava quase exclusivamente no comércio, com saída em eventos e viagens”, comenta.
Compras online consolidam sua força
Segundo dados da Neotrust, no segundo trimestre de 2021, o faturamento das compras online foi de R$ 39,58 bilhões, número 16,72% maior do que o registrado no mesmo período em 2020 (R$ 33,91 bilhões) e 144% maior do que no segundo trimestre de 2019 (R$ 16,16 bilhões).
Quanto ao número de pedidos, o segundo trimestre de 2021 teve números praticamente iguais aos de 2020: foram 85,76 milhões de pedidos neste ano contra 85,79 no ano passado, diminuição de 0,03%.
Contudo, em comparação com o segundo trimestre de 2019, houve aumento de 119% no total de pedidos, o que representa, em números absolutos, 46,73 milhões de pedidos a mais.