A produção da indústria do Paraná avançou 2,4% na passagem de janeiro para fevereiro de 2015. Na média nacional houve recuo de 0,9%. Os números são da Pesquisa Industrial Mensal Regional – Produção Física, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Estado reverteu o resultado negativo verificado no mês anterior, de -6,1%. Com isso, o índice trimestral registrou variação negativa de 1,6% nos três meses encerrados em fevereiro frente ao nível do mês anterior. Entre os 14 locais pesquisados no País, seis apresentaram diminuição no ritmo da produção industrial.
Os ramos que influenciaram positivamente no índice geral do Estado foram fabricação de veículos automotores, fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e produtos de metal.
COMPARATIVO – Em fevereiro de 2015, na comparação com fevereiro de 2014, o setor fabril paranaense recuou de 15% e o brasileiro, 9,1%. A retração foi registrada em 12 dos 15 locais pesquisados.
Os setores que afetaram negativamente o desempenho no Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-42,7%), produtos minerais não-metálicos (-26%), de móveis (-19,4%), produtos alimentícios (-11%) e produtos químicos (-10,5%). Em sentido oposto, os setores de bebidas (8,6%), celulose e papel (7,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,5%) exerceram as influências positivas.
No índice acumulado no primeiro bimestre de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 13,2% em comparação com o mesmo período de 2014. Houve redução de 7,1% na produção nacional. Dos treze setores pesquisados, nove diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-39,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-21,6%), de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-13,4%), de produtos de metal (-12,9%) e de borracha e de material plástico (-9,5%).
No índice acumulado nos últimos doze meses, terminado em fevereiro de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 8,3%, versus retração de 4,5% na produção nacional. Os setores que afetaram negativamente o desempenho do Estado foram a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29%), de máquinas e equipamentos (-15,6%), de móveis (-8,7%), de produtos alimentícios (-6,5%) e de produtos de metal (-5,4%).
Os números da produção industrial reproduzem o enfraquecimento da economia brasileira, determinada pelos efeitos da política econômica praticada pelo governo federal, que priorizou medidas como as intervenções excessivas, levando à redução da eficiência geral da economia e do funcionamento de mercados específicos.
O setor mais emblemático é o automotivo, que passa por uma forte retração das vendas internas e aumento dos estoques nas fábricas e revendas. Como consequência, as grandes montadoras vêm adotando medidas de corte de produção, suspensão temporária de contratos de trabalho, férias coletivas e programas de demissão voluntária.