Perdemos o primeiro

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Atualizado há 4 anos

Registramos nossa primeira morte pelo COVID-19 e infelizmente a vizinha Canoinhas que tem o mesmo porte, também teve sua primeira baixa.

Os números mostram o avanço rápido e crescente da doença na região e aquilo que parecia distante se aproxima com potencial de se transformar em um grande problema muito em breve.

O número de casos suspeitos e consequentemente os de confirmados vem se ampliando muito e rápido nos estados do sul, obrigando os governos estaduais a adotarem medidas mais duras e restritivas.

Com as restrições aprofundam-se os prejuízos econômicos e aceleram-se as consequências como desemprego, inadimplência, vandalismo e criminalidade. A irresponsabilidade de poucos segue potencializando a crise, ampliando o número de doentes e a partir de agora também o de mortos.

Noticiamos constantemente o ritmo acelerado das pessoas nas ruas, aglomerações desnecessárias, desdém no uso de proteção individual e falta de comprometimento com o isolamento.

Pesquisas indicam que há chances de uma vacina estar próxima de ser descoberta, porém sua aplicação e viabilidade em escala global não deve ser atingida ainda neste ano. Por isso o recolhimento, distanciamento e o isolamento são iniciativas extremamente necessárias e úteis até que um tratamento seguro e eficaz seja conhecido, difundido e amplamente acessível; evitando a perda desnecessária de vidas.
É urgente um chamado à responsabilidade logo que o combate a doença não é uma causa política ou ideológica, mas sim de sobrevivência e até mesmo de humanidade. A responsabilidade é de todos e de cada um de nós.

Ações mais efetivas de controle e restrição podem ser necessárias e sua ampla discussão com os setores organizados como associações, sindicatos e funcionalismo deve ser uma premissa. Os empresários, industriais e empregadores em geral, são fundamentais e estratégicos para o sucesso da implantação de políticas públicas, pois normalmente são de alguma forma responsáveis pelos seus.

Apenas com um compromisso coletivo, razoável e humano teremos alguma chance de desviar do mal caminho já trilhado por tantas cidades mundo afora.

Não nos iludamos, o problema chegou, e haverá consequências.