Os mais recentes dados do IBGE mostram que a taxa de desocupação caiu de 12,5% para 11,8% na passagem do trimestre encerrado em abril para o terminado em julho, com menos 609 mil pessoas desocupadas. Mesmo com a queda de 4,6% nesse período, no País ainda tem 12,6 milhões pessoas em busca de trabalho. Os resultados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
“A elevação de 1,2 milhão de pessoas no contingente de ocupados, com redução significativa da pressão sobre o mercado de trabalho (menos 609 mil pessoas desocupadas), provocou essa retração considerável na taxa”, explica o gerente da PNAD Contínua, Cimar Azeredo.
Mas, a melhora na taxa de desemprego está relacionada ao aumento do trabalho informal. No trimestre encerrado em julho, o total de empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada atingiu 11,7 milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica iniciada em 2012. O aumento em relação ao trimestre anterior foi de 3,9%, o que representa 441 mil pessoas nessa categoria. Já em relação ao trimestre encerrado em julho do ano passado, a elevação foi de 5,6%, um adicional de 619 mil pessoas.
Outro fator relacionado à informalidade são os trabalhadores por conta própria, que também atingiram o maior patamar da série: 24,2 milhões de pessoas. O crescimento registrado foi de 1,4% na comparação com o trimestre anterior (fevereiro a abril de 2019), significando mais 343 mil pessoas neste contingente. Em relação ao ano anterior, o indicador também apresentou elevação (5,2%), um adicional estimado de 1,2 milhão de pessoas.
“Desde o início da crise econômica a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal. Um dos sinais de recuperação do mercado de trabalho, dada experiências em crises anteriores, é a redução desta forma de inserção, que atingiu o nível mais alto neste trimestre”, explicou.
No trimestre, havia aproximadamente 28,1 milhões de pessoas subutilizadas no país. Esse grupo apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior e na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2018, um aumento de 703 mil pessoas subutilizadas.
Balcão do emprego
No portal VVale, veículo do Grupo Verde Vale do qual O Comércio também faz parte, a divulgação da lista de empregos oferecidos nos balcões do Sine (em Porto União) e da Agência do Trabalhador (em União da Vitória) aparece como uma das publicações mais vistas. É o desemprego que bate à porta e que faz com que o consumo desse tipo de informação aumente.
Embora não disponham de tantas oportunidades, toda inserção nova chama a atenção de quem busca um lugar no mercado de trabalho. No Sine, dos 90 candidatos que normalmente procuram o órgão por mês, dez conseguem uma vaga. Parece pouco, mas, se considera o número de oportunidades, é bom: cerca de 15 vagas são colocadas à disposição por lá.
Essa mesma relação acontece em União. Conforme a responsável pela Agência do Trabalhador, Tatiane de Fátima Stacechen, de janeiro até agosto, 388 vagas foram abertas. Quase dois mil candidatos (1944) foram encaminhados para elas e 313 conseguiram uma colocação. “Se levar em consideração que os dois últimos meses o Paraná todo apresentou resultados não tão positivos por uma recessão na indústria que afetou muitos municípios em geral, a colocação é boa”, avalia.
Trabalho sem carteira assinada bate recorde
No entanto, a melhora na taxa de desemprego está relacionada ao aumento do trabalho informal. No trimestre encerrado em julho, o total de empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada atingiu 11,7 milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica iniciada em 2012. O aumento em relação ao trimestre anterior foi de 3,9%, o que representa 441 mil pessoas nessa categoria. Já em relação ao trimestre encerrado em julho do ano passado, a elevação foi de 5,6%, um adicional de 619 mil pessoas.
Outro fator relacionado à informalidade são os trabalhadores por conta própria, que também atingiram o maior patamar da série: 24,2 milhões de pessoas. O crescimento registrado foi de 1,4% na comparação com o trimestre anterior (fevereiro a abril de 2019), significando mais 343 mil pessoas neste contingente. Em relação ao ano anterior, o indicador também apresentou elevação (5,2%), um adicional estimado de 1,2 milhão de pessoas.
“Desde o início da crise econômica a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal. Um dos sinais de recuperação do mercado de trabalho, dada experiências em crises anteriores, é a redução desta forma de inserção, que atingiu o nível mais alto neste trimestre”, explicou.
No trimestre, havia aproximadamente 28,1 milhões de pessoas subutilizadas no país. Esse grupo apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior e na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2018, um aumento de 703 mil pessoas subutilizadas.
NA ENTREVISTA DE EMPREGO
Portar-se bem, ter o mínimo de conhecimento sobre a empresa e ser sincero, são algumas das dicas dadas pela especialista em gestão de pessoas, Hermine Schreiner, a ‘Minthi’. Embora as dicas não sejam mágicas que garantam a contratação, atitudes mais pontuais podem ser diferenciais na hora do executivo escolher entre um candidato e outro.
“Em primeiro lugar vá na entrevista com uma apresentação adequada à vaga. Chegue no local com antecedência, para que você use o banheiro, tome água, se concentre para o momento da entrevista. Começando, fique tranquilo. Você precisa passar segurança. Não tem porque ficar nervoso se você está ali para contar sobre você e o que sabe fazer. Fale sempre a verdade. Não invente coisas ou aumente a habilidade. Seja espontâneo. Pergunte o que não entendeu. Não tenha vergonha disso. Busque informações sobre a empresa. Não precisa chegar contanto isso mas pode surgir uma pergunta em que você vá precisar da informação. Importante também saber sobre a vaga que você está concorrendo. Eu, particularmente, gosto muito que o candidato pergunte, tire suas dúvidas, sobre a vaga, a empresa. É bacana no final que isso aconteça”.