CINEMA: Bilheterias sobrevivem à crise econômica sem dificuldade

Salas seguem cheias de expectadores e tem visitação maior que anos anteriores

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Atualizado há 9 anos

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(Foto: Arquivo).

Para o cinema, não é uma missão impossível. Na verdade, o entretenimento tem se saído muito bem diante da crise que paira o Brasil. Conforme os números, parece que a falta de dinheiro não chegou às bilheterias.

No começo deste ano, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) divulgou os primeiros dados do Informe Anual Preliminar, que mostra um balanço do mercado exibidor brasileiro no ano de 2014. De acordo com o documento, o número de espectadores das salas de cinema no Brasil cresceu 4,1% em relação ao registrado em 2013, atingindo um público estimado de 155,6 milhões. Já o faturamento apresentou um aumento ainda mais expressivo: 11,6%, com a arrecadação totalizando R$ 1,96 bilhão.

A Agência ainda informa que chegaram ao mercado 114 filmes nacionais, 15 a menos do que os títulos lançados em 2013. Mas, seis deles, todas comédias, ultrapassaram 1 milhão de espectadores. Outros 21 lançamentos quebraram a barreira dos cem mil ingressos vendidos.

Pegando um cineminha

O parque exibidor nacional também cresceu. Foram abertas 182 novas salas, além da reabertura de outras 23. Ao todo, o Brasil fechou 2014 com 2.830 salas de cinema.

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Coisa de “cidade grande”: construção das salas de cinema na Havan anunciava bom público

Nas Cidades Irmãs, fenômenos paralelos também marcaram o ano passado. De um lado, a inauguração da Havan garantiu para este ano três novas e modernas salas de cinema. Uma, inclusive, em 3D. De outro, o Cine Luz, então único cinema de União da Vitória, com capacidade única para aproximadamente 700 expectadores, fechou suas portas.

O secretário da Cultura, Antônio Oscar Nhoatto, lembra que a medida é temporária. Na época da interdição, problemas na estrutura do telhado obrigaram a ação. “Foi feito o projeto de reforço para a colocação de uma estrutura metálica. Mexemos em outras coisas também e acreditamos que a reabertura ocorra no final do primeiro trimestre do ano que vem”, conta. A reestreia, diz Nhoatto, é quase uma inauguração, já que até as cadeiras, a sala de projeção e a telona ganharão novidades.

Enquanto isso, na Havan, os longas sempre atuais garantem até filas, dependendo do cartaz. “Estamos com um alicerce bom. Começamos em julho, mês de férias, e agora em agosto, quando as aulas voltaram, sentimos apenas uma queda nos dias de semana. Mas nos finais, tem se mantido”, garante o sócio-diretor da empresa de gerenciamento das salas, Sandro Gracher Baran. Ele não fala em números, mas é realista quanto aos próximos meses, seja do ano ou da crise. “Sempre que dá uma crise, as pessoas cortam, primeiramente, o lazer, a diversão. Com isso o cinema tem prejuízos sim”, avalia. A previsão, no entanto, é que de que as expectativas sigam mantidas, até o final do ano, pelo menos.