EMPÓRIO DO EMPRESÁRIO: A educação da empresa e sua cultura

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Atualizado há 10 anos

Uma das primeiras percepções que se tem uma vez que se conheça a uma boa parte das empresas é que há um certo caos imperando, não porque há bagunça, ou desordem, mas porque principalmente há divergências de comportamento entre as atitudes de um ou de outro setor. Para tanto é imperativo que se implantem ferramentas de gestão de equipes, de educação empresarial, considerando que todo e qualquer sistema educativo se preocupa em mudar as pessoas, no caso dos sistemas direcionados para o ambiente empresarial o objetivo é mudar a estrutura paradigmática da empresa, mudar a cultura empresarial e buscar a sinergia.

Costa afirma “Assim como as pessoas, as organizações têm personalidade própria, e culturas que ditam o comportamento de seus membros”. Um aspecto relevante da cultura organizacional é a de que ela pode se subdividir ainda dentro do grupo, apesar de ser considerado homogêneo, criando-se assim comportamentos específicos dentro de um subgrupo da empresa, o que pode ser considerado como uma subcultura. Isso demonstra como os funcionários técnicos podem demonstrar um comportamento e os técnico-administrativos, outro.

Uma das principais visões que se tem sobre cultura empresarial é que as direção da empresa deve direcionar seu foco para as funções mais gerenciais, estratégicas em detrimento das funções operacionais, sendo que essas funções devem ser totalmente destinadas aos funcionários, sempre com “auditorias” da direção mesmo porque eles já sabem, por força do hábito, seus papéis e funções. Porém antes há alguns cuidados a serem tomados, entre eles é sempre importante mostrar o organograma da empresa, se possível elaborar um manual de atribuições e responsabilidades e, talvez, realizar um mapeamento dos processos para delimitar essas mesmas atribuições.

Esse tipo de administração convencionou ser chamada de APO (Administração Por Objetivos), alguns gestores podem entender esse movimento como uma caracterização da perda de poder, que se entrega ao funcionário, o que se convencionou chamar de empowerment, porém, na realidade o que ocorre é simplesmente a transformação desse poder, auferindo-se ao funcionário a capacidade de tomar pequenas e pontuais decisões. Destinando-se assim os cargos de gestão, as decisões macro, gerenciais, de acerto do rumo da empresa, ou seja, as decisões estratégicas, visando, principalmente as possibilidades de previsão do futuro.

Esse tipo de administração foi idealizada por Peter Drucker e tem as seguintes vantagens:

  1. Proporciona à organização uma diretriz certa no sentido de uma finalidade comum
  2. Promove o trabalho em equipe e podem ser usados para eliminar as tendências egocêntricas de grupos existentes na organização
  3. Serve de base segura para verificar o valor das metas e dos planos e ajudam a evitar erros devidos à omissão.
  4. Dirigir o seu destino, em vez de submeter-se a fatalidade ou ao acaso.
  5. Os objetivos ajudam a orientar e a prever distribuição criteriosa dos recursos.

Drucker se baseava principalmente na crença de que o máximo de desempenho de uma empresa e de seus funcionários é alcançada no espaço de tempo entre a situação atual da empresa e o que é desejado por todos. Uma visão profunda que merece reflexão.

Alvaro Concha

Consultor de Empresas

alvaroconcha@gmail.com