Por Mariana Honesko
Não tem como fugir da constatação. A cozinha é o lugar mais aconchegante de uma casa. Na Festa da Costela, não é diferente. É nela que estão os aromas mais diferentes, mas que juntos, combinam-se, temperando e agradando o paladar dos visitantes.
Na cozinha do CTG, um exército de homens e mulheres trabalha organizado, como formiguinhas de um grande formigueiro. Sobram disposição e bom humor. Embora tenha a assistência da patroa, Julcimara Gomes de Castro, a parceria de cada uma das cerca de 20 cozinheiras e assistentes garante o resultado ideal. “Aqui é o coração da festa”, sorri
Julcimara, ou simplesmente “Mara”.
Na prática, o coração tem artérias e várias outras veias principais. Para os três dias, um esquema de muito trabalho é operado. Ele começa às 6 horas da manhã, quando o primeiro grupo prepara o café dos assadores de carne. Na cozinha, o cardápio suculento pode ser apreciado às 11 horas e mais tarde, às 19 horas. “Terminamos o trabalho às 23 horas quando chega outra equipe só para cuidar da limpeza. Este grupo fica até às 6 horas da manhã”, conta Mara.
As ações nos bastidores são saboreadas nos buffets, servidos nos almoços e jantares, a partir de R$ 27 o quilo. Conforme o patrão do CTG, Alceu Ferreira de Castro, até agora – sexta e parte do sábado – cerca de 700 pessoas já degustaram do que as mulheres de Mara preparam durante boa parte do dia e noite.
A opção de comer por quilo é um dos diferencias da festa que agradaram especialmente o CTG. “Ficou mais barato e tem muito menos desperdício”, sinaliza Castro. “Juca” Rotta é quem assina a organização do menu. “Ficou muito melhor, sem dúvida”, diz.
Três mil quilos de carne no espeto
Chegaram no final da tarde desta sábado, três mil quilos de costela. Ainda que uma
tradição, a “estacionada” do caminhão do frigorífico é motivo de muita festa. Nos bastidores do pavilhão do CTG, uma multidão de homens amantes da tradição, não medem esforços para acelerar das cerca de uma centena de costelas.
Uma a uma, elas são descidas do caminhão e já colocadas nas mesas de tempero. Ao mesmo tempo, três delas são temperadas. Em cada costela, de acordo com os assadores, um quilo de sal grosso é usado. Sal e água. “Para segurar o sal”, explica um dos “temperadores”.
O que já foi consumido até agora (Sext-feira e início da noite de Sábado)
120 costelas
Dois mil sanduiches de linguiça de costela
300 quilos de xixo
120 x-costela