Não será uma Gramado, famosa pelos talentos cinematográficos e pela premiação igualmente capaz. Mas, como no Rio Grande do Sul, o I Festival de Cinema Vale do Iguaçu espera gente habilidosa para escrever, dirigir e executar curtas e longa metragens de qualidade.
O evento ocorre nos dias 13 e 14 de novembro nas Cidades Irmãs, mas, será aberto em São Mateus, no dia 5. Depois, aterrissa nos municípios de Paulo Frontin, dias 7 e 8, Paula Freitas, 9 e 10 e Bituruna, 11 e 12. É, portanto, um festival microrregional, mesmo aberto às inscrições do país todo. A iniciativa é de Lício Ferreira, que assina a Escola de Teatro e o Instituto Memórias do Contestado. “A ideia é popularizar o cinema e também o turismo de eventos na região, já que integra os municípios vizinhos”, explica Ferreira. Embora com datas definidas, os eventos não têm, por enquanto, local exato para acontecer.
Entenda melhor
A criação de um festival local nasceu ainda em 2010, quando Ferreira assinou a I Mostra Paraná e Santa Catarina de Cinema. Na ocasião, além da inovação do próprio evento, uma sessão para cegos marcou a edição. Em 2013, uma modalidade um pouco diferente, embora mais popular, foi realizada. “Na segunda mostra levamos o cinema para os colégios e comunidades das Cidades Irmãs”, lembra. No ano passado, Ferreira começou a pensar na migração da mostra para festival. O assunto foi especialmente incentivado por cineastas, amigos de Ferreira. “Aí, vim trabalhando a ideia”, sorri.
O resultado garante três eventos simultâneos mas que se comunicam. No I Festival, em novembro, as categorias longas e curtas, serão avaliadas e premiadas com o troféu “O Monge”. Nesta etapa, podem se inscrever entusiastas de todo o Brasil. Dentro do Festival, ocorre também a III Mostra Paraná e Santa Catarina de Cinema, que permite a exibição de curtas, também de todo o país. Além disso, o evento abraça também a I Mostra Regional de Curtas. Ela é competitiva, onde as produções serão julgadas. “Na Mostra Regional, apenas um ganha”, ressalta o organizador.
O Monge
Muito mais que toda a programação e intenções do Festival, a estatueta que marca o melhor filme, direção, fotografia, trilha e atores, é, por si só, digna de Oscar. Trata-se de “O Monge”, um entalhe feito com carinho pelo artista plástico Carlos Kussik, aqui da “terrinha”. A peça terá cerca de 30 centímetros e tons de bronze. “O troféu é em homenagem aos cem anos da Guerra do Contestado”, explica Ferreira.
A estatueta replica a figura de João Maria, popular profeta que, em União da Vitória e Porto União, virou lenda e até hoje arrasta uma legião de fieis.
Cronograma + saiba mais
As inscrições vão de maio a julho. Nos próximos dias, um site do Festival será concluído. Ele deve reunir as informações completas do evento, bem como o regulamento de participação. Em agosto, a comissão julgadora fará a seleção das produções. Em setembro, ocorre a divulgação dos selecionados.
Outras dúvidas e esclarecimentos pelo telefone (42) 8409-5763 ou pela página do Facebook da Escola Lício Ferreira e do Instituto Memórias do Contestado.