BICICLETAS: Produção cresce em setembro, mas apresenta queda no acumulado do ano

Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 6%

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Atualizado há 7 anos

Em alta: venda de bicicletas segue na moda. (Foto: Mariana Honesko).
Em alta: venda de bicicletas segue na moda. (Foto: Mariana Honesko).

Em setembro, foram produzidas no Polo Industrial de Manaus (PIM) 67.279 bicicletas, alta de 6% sobre as 63.443 unidades registradas no mesmo mês do ano passado. Contudo, na comparação com agosto, quando foram fabricadas 72.321 bikes, a indústria observou queda de 7%. Já no acumulado o recuo foi de 2,5%: de janeiro a setembro saíram das linhas de produção 500.841 ante 513.541 no mesmo período do ano anterior. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

“Mesmo com queda dos volumes na comparação com agosto, setembro já apresentou sinais que indicam avanço da demanda para os próximos meses”, diz João Ludgero, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo. Contudo, diante dos resultados acumulados nos nove meses deste ano, as associadas da entidade estimam que deverão fechar o ano com volumes totais similares aos de 2016, quando foram produzidas 669.729 bicicletas no PIM.

Novos dados da Abraciclo mostram que entre os segmentos de bicicletas, em setembro, a categoria Urbana representou 64,8% da produção com 43.630 unidades fabricadas. Em seguida vem a Mountain Bike, MTB, com 33,6% (22.637) e, por último, aEstrada com 1.012 unidades e 1,5% do volume total. “As bicicletas mais fabricadas são as Urbanas devido ao aumento da demanda para este tipo de produto, que é impulsionada pela expansão das ciclovias e também pelo uso da bicicleta no dia a dia”, comenta Ludgero.

Importação e exportação

Segundo os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) analisados pela Abraciclo, a importação de bicicletas em todo o território nacional totalizou em setembro 19.437 unidades, volume 72,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2016 (11.262) e 37,1% maior que o apurado em agosto (14.174). A maioria das bicicletas importadas no período foi produzida basicamente na China (15.525 unidades), em Taiwan, (2.434 unidades), seguida de Portugal (708). No acumulado de janeiro a setembro foram importadas 92.746 bicicletas, queda de 7,2% com relação ao mesmo período de 2016 (99.977 unidades).

bicicletas-valedoiguacu-lazerXX2XAinda em setembro, as exportações de bicicletas produzidas no Brasil totalizaram 3.140 unidades, tendo como destinos o Paraguai (2.959 unidades) e o México (150 unidades). O volume acumulado de exportações de janeiro a setembro totalizou 7.891 unidades, correspondendo a um crescimento de 102,9% ante o registrado em igual período de 2016 (3.889 unidades).

No Vale do Iguaçu

As vendas nunca caíram de moda. A garantia é dos donos de bicicletarias que, neste ano, continuam comemorando a alta. E não é só por conta do Natal, onde a bike aparece como um dos principais presentes da lista das crianças. O comportamento em alta, vem se repetindo em todos os meses. Contudo, o aquecimento é fruto de um trabalho de bastidores, de estímulo. “Temos vendido. Temos feito um trabalho grande, de competições, de eventos”, explica o proprietário da Joara, Odair Volkweis. Conforme ele, por conta da onda fitness e do apelo para a boa forma e para a saúde, as bicicletas mais caras, para profissionais, tem tido maior saída do que os modelos tradicionais. “E para o Natal esperamos vender ainda mais”, sorri.

Comportamento de negócio bem parecido vem acontecendo na Bicicletaria Stiegler. “Estamos vendendo bem. Mesmo com a crise, a venda não caiu. Desde o começo do ano está muito bom”, confirma o proprietário, Vanderlei Stiegler. Além dos modelos profissionais, para atletas, a Mountain Bike, é uma das queridinhas do público local. “É a que sai mais”, sinaliza. Ela custa em torno dos R$ 2 mil. A profissional, pode chegar perto dos R$ 20 mil.

Cada bike, é uma bike*

Urbana ou Recreacional 

Caracterizada pelas bicicletas projetadas para mobilidade urbana ou recreação fora da terra. Para isto, oferecem maior conforto, com posição de pedalar mais confortável, amortecimento frontal ou não, pneus slick (com banda lisa) esemi-slick (banda com cravos bem baixos ou desenhos), para-lamas ou não e luzes de segurança.

Mountain Bike 

Bicicletas destinadas ao público adulto, geralmente com aros de 26 a 29 polegadas, quadros full-suspension e/ou amortecimento frontal. Ideais para o uso em trilhas e terrenos acidentados.

Estrada 

Bicicletas com aro de 700 milímetros, pneus estreitos tipo slick e quadro e garfo sem amortecimento. Destinadas às modalidades de performance no asfalto.