José Levi Godoy é um homem religioso e conhecido pelo seu carisma. De algum tempo para cá, fiéis do Vale do Iguaçu vêm perguntando sobre o seu paradeiro. Portal Vvale foi atrás dele, que é considerado uma das personalidades mais marcantes na comunidade católica das cidades da região. Gentilmente – como lhe é peculiar, atendeu a reportagem. Dos cumprimentos iniciais ao até breve, Padre Levi demonstrou surpresa e contentamento pela lembrança. Afirmou que União da Vitória faz parte da sua trajetória profissional e de inúmeras amizades.
Nos conte, por onde anda?
“ (risos)! Deixe eu contar, quando eu saí de União da Vitória, fui para Paulo Frontin, especificamente para a Paróquia São Joaquim e Senhora Sant’Ana, que pertencem a Diocese de União da Vitória. Porém, no começo deste ano, fui transferido para São Mateus do Sul, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Czestochowa”, contou.
A posse em sua nova missão aconteceu no dia 7 de fevereiro, e foi celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Walter Jorge. Padre Levi é o novo representante da Paróquia que fica na Vila Nepomuceno.
José Levi Godoy
Natural da vizinha Mallet, José Levi Godoy saiu jovem de casa, faltando poucos meses para os seus 12 anos de idade. Aniversariante do dia 12 de março, Levi estudou no Seminário Menor (primeiros anos da formação), em Ponta Grossa, e no Seminário Maior (últimos anos de formação), em Curitiba. Terminou os estudos em 1977, sendo ordenado padre em 10 de dezembro, onde assumiu a Catedral Sagrado Coração de Jesus em União da Vitória, conforme designação do Bispo Diocesano na época, Walter Michael Ebejer, atual bispo emérito da Diocese.
“Fui o primeiro padre da recém-criada diocese de União da Vitória e fiquei trabalhando durante um ano com o Padre Abel (Zastawny), na Catedral”, conta.
Padre Levi agregou muita experiência religiosa e inúmeros amigos entre idas e vindas pelas paróquias da região. Em 1979, o religioso foi designado para assumir a Paróquia de Paulo Frontin, permanecendo por cinco anos. De lá, assumiu em 1984-1986, a paróquia Santa Bárbara em Birutuna. Já no período de 1986-1988, estudou e se formou no Campo da Moral em Roma.
“Voltei para a região em 1988 e fiquei novamente em Bituruna até 1998. Em janeiro do mesmo ano, reassumi a Catedral permanecendo na função de pároco até 2011”.
Suas mais recentes missões religiosas, aconteceram em 5 de junho de 2011 na paróquia São Joaquim e Senhor Sant’Ana, em Paulo Frontin e em 7 de janeiro de 2021, na paróquia de São Mateus do Sul.
Levi tem 68 anos de idade e 44 de ordenação.
Pretende encerrar carreira religiosa na Catedral?
“Agora você me surpreende com essa pergunta (risos) ”, descontrai o padre.
O religioso explica, que ao passar por União da Vitória em 1978, ficou encantando com a Igreja e com o povo da cidade.
“Quando o bispo me designou para outra paróquia eu logo pensei: um dia eu volto para União da Vitória; e voltei em 1998. Terminei minha missão em 2011 e, acredito que conquistei o meu sonho, o meu desejo naquele momento. Porém, nesta segunda etapa, não depende de mim. Gostaria de encerrar minha missão onde Deus desejar; pois estou sempre à disposição do bispo e das paróquias. Quem decide é o bispo”, disse.
“Covid levou um amigo”
Padre Levi lamentou a morte do amigo Silvano Surmacz, pároco da Catedral Sagrado Coração de Jesus, de União da Vitória, que não resistiu a complicações da Covid-19 e veio a óbito no dia 24 de março, deste ano. Silvano era natural de Rio Azul e tinha 54 anos. Também atuou como padre nas cidades de Porto Vitória, Antônio Olinto, São Mateus do Sul.
“Um grande amigo e companheiro de todos na região”.
Serviço
Padre Levi abre a série de reportagens sobre personalidades que estiveram no Vale do Iguaçu e que escreveram seus nomes na história.