Por Mariana Honesko
Ele não esconde que tem paixão pelos dois países. Mas, é fato: hoje, às 17 horas, o coração colombiano deve “falar” mais alto e sua torcida para o time do craque James Rodriguez. “Meu coração está dividido mas primeiro as raízes”, confessa o frei David Ricardo Valezuela Rojas, de 27 anos. O religioso atua junto com outros seis freis na igreja do Bairro Rocio, em União da Vitória. Na cidade está há cinco meses. No país, há dois anos. Antes de enfrentar o frio e a chuva da região, Rojas viveu uma temporada de dois anos na Bahia.
Mas, nem o calor, o frio, o acarajé ou o pinhão, mudaram sua paixão: a torcida é para a Colômbia, que logo mais enfrenta o Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo. A torcida, ainda que só, é para uma boa campanha contra o time de Felipão. “Acho que vai dar 2 x 1 para a Colômbia”, diz, em bom português.
Origens
Rojas é natural de Bogotá, capital e maior cidade da Colômbia. Sua mudança para o Brasil é fruto de designação religiosa. O frei está na carreira sacerdotal há oito anos. Em União da Vitória, só tem amigos. A família foi visitada por ele há um ano. Do país, trouxe a disposição e costumes populares aos amigos dos Brasil. “O feijão, por exemplo, comemos na minha cidade uma vez por mês. Não é todo dia igual aqui”, sorri. As similaridades esbarram nas condições climáticas e na alegria do povo. Hoje, contudo, as diferenças devem estar à flor da pele e nos nervos de colombianos e brasileiros.
Brasil x Colômbia
Em 1994, a Colômbia chegou com status de campeã e de favorita ao título da Copa daquele ano. Não deu para os colombianos: foi o time brasileiro que ergueu a taça. Vinte anos depois, a equipe comandada por José Pekermann chega em campo com um contexto diferente, mas também confiante. O time está mais competitivo e ambicioso. O Brasil, sobre a Colômbia, tem 23 anos de invencibilidade.
É esperar para ver: o confronto começa às 17 horas, no Castelão, em Fortaleza.