Ao assumir a seleção brasileira em 2016, o que todos esperavam de Tite era um técnico capaz de dar a volta por cima depois da vergonha nacional dos 7×1 enfiados pela Alemanha em 2014 e uma segunda era Dunga que não fez sentido em nossa seleção.
Entretanto, parece que o apoio incondicional da imprensa e do povo parece que já não é o mesmo.
Não que os resultados da nossa seleção tenham sido a causa da rejeição; eles têm sido muito bons. O problema maior é como a seleção joga e as convocações feitas pela equipe técnica.
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Tite era um bom nome, mas desempenho ainda não alegra
O técnico da Seleção Brasileira, Adenor Leonardo Bachi, bem mais conhecido pelo seu apelido Tite, nasceu em Caxias do Sul, no interior do Rio Grande do Sul.
Sua carreira como jogador de futebol foi muito curta, sendo forçado a se aposentar com apenas 28 anos devido as lesões nos joelhos.
Jogando como meia e volante chegou a defender as equipes do Caxias, Esportivo, Portuguesa e Guarani. Hoje aos 60 anos tem praticamente 30 anos de experiência como treinador.
Já esteve no comando do Guarany do Rio Grande do Sul, Caxias, Veranópolis, Ypiranga-RS, Juventude, Grêmio, São Caetano, Corinthians, Atlético Mineiro, Palmeiras, Al Ain, Internacional, Al-Wahda e atualmente como comandante da seleção canarinho.
Tite chegou inclusive a treinar o Palmeiras em 2006, contudo depois de 20 jogos com resultados nada animadores decidiu pedir demissão. No Corinthians, Tite foi simplesmente fantástico, conquistando absolutamente tudo o que era possível.
Foi campeão do Brasileirão nas edições de 2011 e 2015, Copa Libertadores da América de forma invicta em 2012, Mundial de Clubes também em 2012, derrotando o Chelsea, campeão europeu com um gol de Paolo Guerrero, Campeão Paulista, Recopa Sul-Americana em 2013….
Sua aparição no cenário nacional foi no campeonato gaúcho de 2000: Tite mostrou tudo o que era capaz comandando a equipe do Caxias. Depois de uma campanha simplesmente espetacular a equipe se torna campeã gaúcha após derrotar o Grêmio de Ronaldinho Gaúcho por 3×0 no primeiro jogo e 0x0 no segundo.
No ano seguinte Tite estava no Grêmio, que havia derrotado na final do gaúcho no ano anterior, e levou a equipe do imortal ao triunfo no Campeonato gaúcho desse ano, bem como na Copa do Brasil.
Em 2008 no Internacional de Porto Alegre ganhou a Copa Sul-Americana derrotando a equipe argentina do Estudiantes. Respeitado no Sul, campeão no Corinthians, a seleção foi um passo lógico.
Mas e os sucessores?
Jogadores que estão no banco e nem mesmo jogam nas equipes europeias como titulares são constantemente convocados. Claro que apesar do enorme número de vitórias, a seleção canarinho não vem agradando e já se fala em um substituto para o técnico Tite.
O mais indicado seria Renato Gaúcho, atual técnico do Flamengo, mas se isso realmente ocorrer dificilmente seria antes da Copa do Mundo do Catar em 2022.
Para muitos entendidos em futebol, nossa seleção não deve ser comandada por um técnico estrangeiro. Isso infelizmente só é interessante para a elite dos treinadores locais que se irritam com a vinda de técnicos estrangeiros aos clubes brasileiros. Abel Ferreira, por exemplo, foi campeão da Libertadores pelo Palmeiras e está em nova final.
A CBF deveria seguir o exemplo de alguns clubes brasileiros que trouxeram técnicos de fora do país e foram bem-sucedidos.
Houve um boato de que o ex-presidente da entidade chegou a contatar Xavier Hernández Creus, mais conhecido como Xavi, ex-jogador do Barcelona e hoje treinador. A intenção é que ele fosse o auxiliar de Tite e posteriormente ocupasse o cargo de treinador principal, mas o negócio não deu certo.
Até mesmo o nome de Josep Guardiola tem sido lembrado. Alguns dizem que ele gostaria de aceitar esse desafio, mas não sabemos se isso poderia realmente ocorrer no futuro.
Outro nome muito bem cotado para dirigir nossa seleção canarinho seria o português Jorge Jesus, depois de sua passagem triunfante pelo Flamengo.
Segundo a imprensa portuguesa o técnico do Benfica Jorge Jesus não descarta um retorno ao Brasil futuramente. Mas o sonho do “Mister” não seria treinar exatamente o Flamengo e sim a seleção nacional.
Poderia ser uma excelente opção, infelizmente somente depois da Copa do Mundo do Catar em 2022.
Na verdade, para grande parte da população a seleção canarinho não apresenta mais aquele futebol bonito de habilidade que víamos tempos atrás e o sistema de jogo do nosso técnico chega a ser extremamente reativo até mesmo contra seleções de baixo nível técnico.
O que falta em nossa seleção é ousadia e as constantes mudanças de posicionamento de alguns jogadores que não jogam dessa maneira em seus clubes de origem acabam por tornar nossa equipe uma verdadeira experiência entediante.
Os bons resultados ocorrem pelo nível técnico dos atletas e obviamente pelo baixo nível técnico de outras seleções sul-americanas.
O que precisaremos observar é como atuará nosso selecionado, principalmente contra as equipes europeias que jogam em um nível muito superior aos nossos vizinhos.
Nossa seleção venceu uma Copa do Mundo há quase 20 anos, quando se sagrou a única seleção pentacampeã do torneio no Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Já faz um bom tempo…