Não era apenas uma partida qualquer de bocha paraolímpica, mas um confronto envolvendo irmãos gêmeos que buscavam índice para obter vaga para as Paraolimpíadas Escolares, que acontece em São Paulo, de 19 a 24 de novembro. Na disputa entre Lucas e Bruno Cruz, deu Lucas, que venceu por 4 a 3, pela categoria A (de 12 a 14 anos), classe BC3.
Os gêmeos idênticos nasceram com cinco meses de gestação, há 14 anos, em Porto União. Estudam na Escola de Educação Básica Germano Wagenfuhr. Iniciaram a prática da bocha paraolímpica aos 11 anos de idade. E este já é o terceiro ano que participam dos Parajesc.
Bruno confessa ficar nervoso quando enfrenta o irmão. “A vontade de vencer e o carinho se misturam”, disse ele. Apesar do equilíbrio nas disputas, é Lucas quem costuma vencer. Em 2016, conquistou vaga para o nacional, e em 2017, foi vice-campeão brasileiro. Lucas e Bruno sonham fazer parte da seleção brasileira de bocha paraolímpica. “Para chegar lá, é importante ter treino de qualidade, concentração e condições para treinar”, completou ele.
Um treinador vitorioso na modalidade
O treinador deles, Professor Edson César Slonki, o Edinho, confia no possível índice de classificação para o nacional. E, se contar com a experiência, talento e força de vontade do técnico, essa dupla de gêmeos pode ir longe. É que Edinho construiu uma forte história na bocha paraolímpica. Ele iniciou como atleta de bocha há 22 anos. Foi um dos primeiros do estado nessa prática esportiva, sendo bicampeão brasileiro de bocha paraolímpica, individual e por equipe, em 1998. No ano seguinte, participou do mundial na Argentina e, em 2002, da Copa América, no Kansas, EUA. Bacharel e Licenciado em Educação Física, ele é o único cadeirante que exerce a atividade de técnico.