Trocar de carro, namorada ou namorado, marido ou esposa, mas a paixão por seu clube do coração é insubstituível. Enfrentar dias de viagem, chuva, sol, tudo para acompanhar os seus ídolos.
E para os que acham que mulher não gosta ou não entende de futebol, Marielli Baratto, de 31 anos, contraria esses pensamentos. Fanática pela Sociedade Esportiva Palmeiras, foi em jogos, chorou, vibrou, se emocionou com o clube do coração.
O amor pelo clube é tanto que lidera a consolidação do Consulado do Palmeiras em União da Vitória, a convite do Departamento do Interior do clube paulista.
Entre assistir jogos, reunir torcedores e ampliar o número de admirados do clube de Palestra Itália, o Consulado chega com a proposta de promover o social.
A fanática torcedora conversou com o portal Vvale, e compartilhou toda essa paixão pelo Verdão, e justamente nesta quarta-feira, 26, dia que o Palmeiras completa 106 anos de história.
CONFIRA A ENTREVISTA
PORTAL VVALE – Como surgiu o Palmeiras na sua vida?
MARIELLI BARATTO – Me tornei palmeirense na final da Libertadores de 1999. Lembro do meu pai em pé, em frente à tv, muito nervoso, vendo os pênaltis. Quando a bola do Zapata foi para fora, senti algo muito forte. Até então, uma alegria que eu não conhecia. Nesse dia eu tive a certeza que era palmeirense.
VVALE – Como é poder assistir aos jogos do Palmeiras fora de São Paulo?
MARIELLI: Eu vi o Palmeiras pela primeira vez em 2005, em Maringá, no estádio Willie Davids. 3×1 em cima do Paraná. Aquele dia choveu muito e eu era a única mulher na excursão. Nessa época, morávamos em Terra Roxa, no noroeste do Paraná. Lotamos um ônibus com os palmeirenses de lá. Foi uma viagem inesquecível, pois estava com meu pai e com grandes amigos! Sempre que possível, vou a algum jogo do Palmeiras fora de São Paulo. Quando morava em Londrina, fomos ver um derby em Presidente Prudente. Ganhamos de virada, 2×1. E já vi o Verdão em Chapecó duas vezes.
VVALE – Como surgiu a possibilidade de criar um Consulado do Palmeiras em União da Vitória?
MARIELLI – Há mais ou menos um ano, surgiu o convite do Departamento do Interior do Palmeiras. Conversei bastante sobre o projeto com o Tarso Gouveia, Diretor do Departamento do Interior e o Michel Fazolin, Cônsul em Serra Negra/SP e Diretor Adjunto do Departamento do Interior. Eles me apoiaram muito e hoje, no dia do nosso Verdão, nasce oficialmente o Consulado do Palmeiras em União da Vitória. E quero que os palmeirenses de toda a nossa região se sintam representados. Podem ter certeza que vamos congregar o maior número de palestrinos e mostrar o tamanho da nossa torcida. Quero agradecer muito, em especial, aos amigos Gilson Marques e Junior Gottardi por acreditarem em mim e também por me apoiarem em ser consulesa!
VVALE – Como você vê a participação da mulher em iniciativas ligadas ao futebol?
MARIELLI – O Palmeiras tem grandes palestrinas. Todos nós conhecemos mulheres que vivem o Palestra de verdade. E isso me inspira muito. No Departamento do Interior, cito a Dona Cida, Consulesa em Praia Grande/SP, a Sara, em Belo Horizonte, a Silvia Grecco. A Patrícia, em Dublin, a Giovana, de Genebra. Com certeza existem mais mulheres envolvidas em ações oficiais do clube. Sou uma das mais novas entre os cônsules e consulesas e sei que não conheço todas ainda. E sinto muito orgulho das minhas amigas palmeirenses como a Michele, a Nilza, a Juliana e a minha irmã Mariana. É bom demais viver o Palmeiras com elas! O mais importante é que todas, sem exceção, desempenham um papel fundamental que é levar e defender as nossas cores em todos os lugares. Nós somos uma grande força dentro do futebol e dentro do Palmeiras, não tenho dúvidas disso.
VVALE – Quais são as ações que o consulado vai desenvolver na nossa região?
MARIELLI – O Consulado do Palmeiras em União da Vitória é a representação oficial do Verdão aqui na nossa cidade. Os palmeirenses daqui do sul do Paraná e norte de Santa Catarina vão se organizar para engrandecer ainda mais o nosso time. E acredito que o consulado vai desenvolver um papel social muito importante, principalmente ao realizar campanhas solidárias. Nossa torcida é muito forte e sei que ao nos unirmos, podemos fazer ações maravilhosas. E, quando for permitido, vamos organizar festas anuais, nos reunirmos para ver jogos, firmar parcerias com estabelecimentos para que os palestrinos ganhem descontos e organizar caravanas e ir aos jogos do Palmeiras.
VVALE – Como os palmeirenses da região podem participar do consulado?
MARIELLI – O contato pode ser feito pelas redes sociais do consulado no Instagram e no Facebook. Esses canais serão atualizados com as informações do consulado e também será o nosso meio de comunicação com o torcedor.
VVALE – E, para finalizar, o que representa o Palmeiras para você?
MARIELLI – Ser palmeirense é um estilo de vida. Sempre costumo dizer isso. Cada palestrino entende bem o que falo. Pois só nós sabemos o que é amar um time com uma história tão grandiosa. Esse sentimento é único, não há a necessidade de mais explicações. Nós sentimos e pronto. E tenho certeza que todos nós defendemos as cores do Palmeiras da melhor maneira possível, e cada um de sua forma. Afinal, o Palmeiras é e sempre será de todos!
CONSULADO DO PALMEIRAS DE UNIÃO DA VITÓRIA
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