Um leilão de ações da JBS movimentou R$ 2,66 bilhões na B3 nesta quinta-feira, com a venda de 70 milhões de ações. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o vendedor dos papéis foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se desfez de 12% das ações que tinha do grupo frigorífico.
A venda dos papéis, um “block trade” no jargão do mercado, foi coordenado pelo Bank of America. O banco americano foi o maior comprador dos papéis, levando 68 milhões de ações.
Segundo fontes, a própria JBS ficou com essas ações. O mercado levou apenas 2 milhões.
O BNDES tinha 581,66 milhões de papéis do grupo frigorífico, o equivalente a 24,5% do capital. Após a venda, ficou com 511 milhões. A ação saiu a R$ 38,01. No fechamento de quarta-feira, o papel estava cotado em R$ 38,19. Pouco antes do fechamento deste texto, a ação recuava 2%, a R$ 37,46.
Para o BNDES, as fontes destacam que foi o momento certo para começar a vender a fatia da JBS, pois está se desfazendo das ações com o papel na alta.
O papel do grupo frigorífico acumula valorização de 74% em 2021, enquanto o Ibovespa cai 9,4%. Para vender nova fatia, contudo, é preciso esperar 90 dias. Dentro da estratégia de reduzir sua carteira de ações, que já levou a venda de blocos bilionários da Vale, o BNDES zerou este ano sua participação na Klabin.
O leilão desta quinta-feira começou às 10 horas na B3 e terminou às 11h05.
Este foi o maior do ano na B3, pouco acima do leilão de 37 milhões de ações da Rede D’Or em agosto, que movimentou R$ 2,6 bilhões, com vendas pelo fundo Carlyle e pelo GIG, o fundo soberano de Cingapura.