Facebook arrebenta em receita antes de tensões com a Apple

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Atualizado há 4 anos

O Facebook mostrou força em seu balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 28 – o último a passar ileso das tensões da rede social com a Apple. No primeiro trimestre deste ano, a empresa de Mark Zuckerberg registrou um crescimento de 48% em receita em relação ao mesmo período do ano passado, puxado principalmente pelo faturamento em anúncios. Os resultados animaram os investidores e, após o fechamento do pregão, as ações da companhia operavam em alta de aproximadamente 5%.

A receita total do Facebook chegou a US$ 26,17 bilhões, superando a expectativa de analistas, que era de US$ 23,67 bilhões. O Facebook atribuiu o salto na receita a um aumento de 30% no preço médio por anúncio no período e também ao crescimento de 12% no número de anúncios entregues. Depois de uma queda pontual do mercado publicitário no início da pandemia em março do ano passado, a rede social tem visto a aceleração de seus negócios em anúncios nos últimos trimestres.

A empresa também viu seu lucro crescer no trimestre encerrado em março. Houve um aumento de 94% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 9,5 bilhões.

Quanto à quantidade de usuários, o número de pessoas ativas diariamente em pelo menos um dos produtos da companhia – incluindo Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp – foi de 2,72 bilhões em média em março, um aumento de 15% ano a ano.

“Tivemos um trimestre forte porque ajudamos pessoas a se manterem conectadas e negócios crescerem”, disse Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, no relatório divulgado nesta quarta.

O Facebook está no centro de uma mudança que pode impactar seus negócios a partir do próximo trimestre. A Apple implementou nesta segunda-feira, 26, um novo mecanismo de proteção de privacidade que exige dos usuários de iPhone que escolham, explicitamente, se permitem ou não que aplicativos como o Facebook rastreiem sua atividade em outros aplicativos.

Apesar de a mudança não ter afetado a empresa neste trimestre, o Facebook sinalizou no relatório sua preocupação: “Esperamos um aumento de impacto em anúncios em 2021 devido a mudanças regulatórias e de plataforma, notadamente o recém-lançado iOS 14.5, que deve começar a causar impacto no segundo trimestre. Isso é levado em consideração em nossa perspectiva”, disse a empresa.

Com essa ameaça batendo à porta, Zuckeberg reforçou no documento a visão de longo prazo da empresa. “Continuaremos a investir agressivamente para entregar experiências novas e significativas para os anos que virão, inclusive em áreas mais novas, como realidade aumentada e virtual, comércio e economia de criação”, disse o presidente executivo do Facebook.