Em breve a Casa Lar do município de Porto Vitória, situada na Rua Germano Gaebler, nº 574, bairro Colina Verde, será contemplada com o nome de um guerreiro: Josnei Martins. Vale ressaltar que o Projeto de Lei nº 63/2013, que denomina o nome da entidade está tramitando na Câmara de Vereadores. A escolha do nome foi uma sugestão da prefeita Marisa de Fátima Ilkiu de Souza, sendo uma homenagem ao menino sorriso e guerreiro que passou pela Terra das Cachoeiras.
Aos dois anos de idade conhece a Terra das Cachoeiras
Josnei Martins nasceu no dia 24 de Junho de 1996. Nessa época seus pais trabalhavam em uma chácara na cidade vizinha de Porto União. Veio morar em Porto Vitória com dois anos de idade. No ano de 2002 foi matriculado na Escola Municipal Reynaldo Frederico Gaebler, até então tinha uma infância alegre e saudável. Mais tarde transferido para a Escola Municipal Professor Hugo Guilherme Jaeger onde conclui a 4ª série, já com a saúde comprometida.
Palmeiras, time do coração
Josnei gostava de esportes, seu time preferido era o Palmeiras, também gostava de tocar violão tendo participado do Festival de Talentos realizado no município.
Menino devoto
Josnei era devoto de Nossa Senhora Aparecida e em 2011, com a ajuda da família de Valmor e Marisa Vetterlein, conseguiu realizar o sonho que era conhecer o Santuário de Aparecida.
Aos nove anos, sonhos interrompidos
Aos nove anos de idade seus sonhos começaram a ser interrompidos. Após várias semanas de consultas e exames passando por vários médicos, Josnei foi internado com sérios problemas nos rins. Sendo o Dr. Plínio Jakimiu, médico Pediatra quem descobriu a doença o qual, além de médico tornou-se um amigo da família, pois chegou a ir até a residência do Josnei no interior do município para atendê-lo.
Neste período, Josnei matriculou-se na Escola Estadual Casimiro de Abreu para concluir o Ensino Fundamental, onde os colegas de classe e professores tornaram-se grandes parceiros nessa luta, pois muitas vezes perdia aula por conta da doença, e no final de 2011, recebeu a notícia no hospital que tinha sido aprovado, mesmo não conseguindo concluir o ano letivo, pois estava internado desde início de novembro.
Os pais do Josnei lutando pela saúde do filho, tentaram também tratamento com médico do município de Rio Azul, com a ajuda dos Senhores Alzeir Giacomini e Bernardino Schneider, onde tomaram conhecimento da possibilidade de transplante de rim, e então começaram a providenciar todos os exames necessários para uma possível cirurgia, para então ficar na fila de espera.
Retirada de um rim
Em agosto de 2012 fez uma cirurgia para retirada de um rim e no dia 27 de outubro do mesmo ano, um telefonema chamava para internamento imediato porque estava concorrendo junto com outra paciente, a um rim, sendo que a junta médica definiu pelo transplante ao Josnei. O Josnei, segundo relatos da sua mãe, entrou no centro cirúrgico às 18h com um sorriso de alegria sonhando com uma vida melhor. Porém, não teve êxito. Alguns dias depois teve que retirar o rim, voltar a fazer hemodiálise e sua situação foi piorando cada vez mais.
Mensagem de fé e esperança
Josnei estava na UTI do Hospital Pequeno Príncipe quando recebeu da Escola mais de cem assinaturas de alunos, professores e funcionários com mensagens de fé e esperança. Muitas pessoas se uniram em oração em seu favor.
O sonho de um computador
Como o sonho do Josnei era ter um computador, o motorista da Ambulância Júlio, lançou uma campanha para comprar de um notebook e muitas pessoas ajudaram e a alegria foi imensa quando recebeu o presente e junto um vídeo gravado pelos alunos e professores.
Da casa para o hospital
No dia 29 de dezembro recebeu alta e voltou para sua casa sendo recebido com muita alegria por familiares. Três dias após, no dia 1ª de janeiro de 2013 sentiu-se mal e voltou a ser internado.
Durante o tempo em que esteve internado fez amizade com várias pessoas, entre elas, uma chamada Mari, que residia em São Paulo e toda noite ligava pra ele dando força e passava mensagens de esperança e muitas vezes era para ela que ele desabafava. Também no hospital recebia a visita de um casal de voluntários, tocadores de violão, a Edina e o Aparecido Rocha que o acompanharam durante os seus últimos meses, trazendo um pouco de alegria, que motivado com o apoio e força que recebia das pessoas, começou a fazer um cursinho de culinária no hospital, mas suas mãos trêmulas impediram de continuar e muito enfraquecido voltou para a UTI.
Menino sorriso
O menino sorriso, como era chamado no Hospital, deixou de sorrir e deixou de sonhar, no dia 27 de abril de 2013, deixando um exemplo de amor, de fé e persistência à todos de Porto Vitória.