O longo período de chuva, aliado ao tráfego intenso de caminhões com grandes quantidades de madeira, deixaram as estradas do interior de União da Vitória em estado crítico. E entre as localidades mais prejudicadas estão a Colônia Santo Antônio, Colônia Pinhalão, Faxinal dos Marianos, Fortaleza e Serra da Esperança, que ficaram sem condições de trafegabilidade tanto para ônibus escolares quanto para veículos de pequeno porte.
Diante desse cenário, mesmo com o solo bastante úmido, a Secretaria de Obras tem trabalhado, intensamente, nessa semana.
A pedido do prefeito, Pedro Ivo Ilkiv, que está em Brasília, em busca de recursos para o município, o vice-prefeito, Jair Brugnago, e o secretário de Obras, Márcio César Roieck, vistoriaram os serviços, conversaram com moradores e avaliaram as medidas necessárias para readequar as estradas.
Serra da Esperança
Em relação à Serra da Esperança, a Prefeitura está drenando as sarjetas com uso de retroescavadeira e caminhão, em grande parte, entupidas pela terra deslocada pelo trânsito de veículos pesados.
O secretário de Obras demonstrou preocupação com esse trecho de estrada que totaliza aproximadamente cinco quilômetros bastante íngremes, uma vez que, todo o material que estava sobre a via desapareceu, sendo afundado pelo peso dos veículos ou levado pela enxurrada.
“De forma alguma nós condenamos o trabalho dos madeireiros, mas algo precisa ser pensado. Não é certo nós adequarmos uma estrada e ela ficar desse jeito”, apontou.
Linha São João
Na Linha São João, aproximadamente 15 quilômetros estão sendo patrolados, com aprofundamento de sarjetas e abertura de corte de água. Em seguida, a estrada recebe uma nova camada de cascalho do tipo bica corrida e rachão nos pontos mais críticos.
Colônia Pinhalão
Apesar de não ter um tráfego tão intenso de veículos pesados, mas por apresentar vários problemas de drenagem e trechos que estavam formando atoleiros, toda a estrada principal da Colônia Pinhão está sendo patrolada e recebe nova camada de bica corrida.
Frentes de trabalho
Jair observa que, a Prefeitura tem três frentes de trabalho nessa semana, a Serra da Esperança, Linha São João e Pinhalão. E acrescenta que, até o final da semana, apenas a Serra da Esperança não terá os serviços concluídos, porque a administração necessita de ajuda dos governos Estadual ou Federal.
Até um acordo com madeireiros para readequar a via é estudado. “Precisamos acertar isso e dialogar sobre o assunto com todos”, acrescentou.
De acordo com o secretário, nos serviços no interior são usados cerca de dez caminhões e seis máquinas. “São em torno de 300 horas máquina, além dos trabalhos dos caminhões e um grupo de 20 funcionários”, quantifica o Marcio. Segundo ele, quanto ao material (bica corrida e rachão) é necessário finalizar os serviços para ter uma ideia exata do prejuízo causado.
Márcio, que também coordenou a Defesa Civil, informou que os danos totais do município podem chegar à casa de R$ 20 milhões.
Recursos federais
Em busca de recursos federais para resolver os problemas ocasionados, Pedro Ivo visita diversos Ministérios nessa semana, em Brasília. Ele já esteve reunido com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, deputado federal, Assis do Couto, participou de reunião no Ministério da Integração, entre outros.