A morte do diretor das unidades do Senac de Porto União e de Canoinhas, Eliéser Lourenzzetti, 45, causa uma profunda comoção no Vale do Iguaçu. Ele foi atropelado quando participava de uma competição ciclística na madrugada deste domingo, 17, no litoral norte catarinense.
É que, se por um lado ele tinha o papel de chefe de umas das mais importantes unidades de ensino do País, Eliéser tratava os funcionários com afeto, de igual para igual.
“Era um grande amigo”, lamentam os colaboradores. Eliéser era natural de Joinville e casado há 22 anos, não tinha filhos e, no Senac de Porto União, estava desde setembro de 2012.
“Não era um chefe, era um líder! Amigo de todos, tratava todos iguais. Sempre buscava o diálogo e mantinha a calma em todas as situações! Sempre tinha uma solução para aqueles problemas que achávamos impossíveis. Era visionário, empreendedor. Não queria somente que o Senac crescesse, queria que a região fosse promovida”, lamentou uma das colegas de trabalho da unidade, sem esconder a tristeza pela partida precoce do amigo.
Eliéser passeava por vários grupos sociais – além do educacional e da liderança – especialmente os da aventura. Tanto que faleceu pedalando, esporte pelo qual tinha um grande apreço e, por conta dele, um rede imensa de amigos.
Na rede social, uma bicicleta com a cor do luto está sendo usada pelos amigos que o conheciam bem para expressar a dor do momento. O chefe das unidades do Senac amava ainda o montanhismo e a corrida.
Na comunicação, Eliéser tinha uma grande desenvoltura. Era, inclusive, colunista da CBN Vale do Iguaçu. Recentemente, participou como entrevistado do programa Linha Aberta, também da emissora. O tema foi o esporte de aventura, onde ele era um dos maiores entusiastas da região. Inclusive, na quinta-feira passada, ele estava em uma reunião de debate da criação de um sistema de consórcio entre os municípios para financiar os estudos técnicos para a implantação do circuito com abrangência de cerca de 240 quilômetros na região.
Um ariano
Eliéser faz aniversário com União da Vitória, no dia 27 de março. É ariano, portanto e, conforme os colegas de trabalho, ariano “ao pé da letra”. Como rege o signo, o chefe do Senac era motivador, cheio de energia, perseverante e guerreiro. Deixou assim a impressão nos corações de quem o conheceu.
O acidente
Como já apurou a reportagem do Portal VVale, Eliéser foi vítima de um atropelamento, em Tijucas do Sul. Ele participava da prova Audax 400, de Florianópolis. Um carro, com placas de Tijucas, teria batido em sua bicicleta. Com a violência do impacto, ele foi arremessado e não resistiu aos ferimentos. Eliéser já tinha pedalado 360 km, faltando apenas 40 para completar a prova, quando o acidente aconteceu.
Conforme as informações apuradas até agora, o condutor do carro teria fugido do local do acidente. Estavam com a vítima os amigos de Eliéser e também participantes da prova, Everson Holovaty e Daniel Breyer, que não se envolveram no acidente.
Despedida
O velório do corpo de Eliéser Lourenzzetti será realizado na Paróquia Santa Luzia, a partir das 15 horas, em Jaraguá do Sul.
