Padre exorcista revela confissões de satanás

De acordo o Padre Aquiles é preciso ter firmeza na fé para exercer o ofício. Ele não foi nomeado oficialmente para exorcizar, porém conta com o consentimento do Bispo local. A intenção é a de que a sociedade fique livre de todo mal

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Atualizado há 8 anos

Aquiles
Aquiles: há 35 anos dedicados a vida religiosa, grande parte dela foi dedicada em ajudar as pessoas, lugares e até objetos a expelirem demônios ou espíritos malignos. (Foto: Wannessa Stenzel)

Aquiles Ramos Berton, conhecido por Padre Aquiles, não tem problema algum de falar sobre o exorcismo. O tema que sempre foi cercado de grandes polêmicas e especulações é esclarecido pelo Pároco de União da Vitória. Há 35 anos dedicados a vida religiosa, grande parte dela foi dedicada em ajudar as pessoas, lugares e até objetos a expelirem demônios ou espíritos malignos.

Padre Aquiles não foi nomeado oficialmente para exorcizar, porém conta com o consentimento do Bispo local e autorização para fazer o ritual. A intenção é a de que a sociedade fique livre de todo mal. Vale ressaltar que todo bispo é exorcista, porém ele não precisa de nenhuma autorização ou licença para realizar um exorcismo. Agora sem ser o bispo, somente um sacerdote com uma licença ou autorização explicita do bispo pode realizar um exorcismo, como é o caso do Padre Aquiles.

O exorcismo vem de uma palavra grega exorkizein que significa conjurar. “O Exorcismo tem por fim expulsar os demônios ou libertar do poder diabólico, e isto em virtude da autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja”, conta.

De acordo com o Padre, o catecismo ainda diz que quando a Igreja pede publicamente em nome de Jesus Cristo, significa que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a ação do maligno. “Então é aí que fala-se de exorcismo”.

 Confissões de satanás

Segundo o Padre Aquiles, ele – o satanás é persiste, mas não é mais forte do que Deus. Uma pessoa tomada por satanás fica modificada, desde a sua voz, fala línguas que nunca estudou e começa a saber coisas ocultas. A pessoa também se debate, fica agressiva. “Já teve casos em que a pessoa tentou me agredir, já me arranhou e me bateu. Mas sempre pedi para me ajudarem a conter a pessoa com possessão do demônio. Mas no final tudo deu certo!”, revela.

De acordo com sacerdote, o corpo da pessoa que foi possuída pode passar mal, ter algum distúrbio de pressão alta e até de desmaio. Há casos em que a pessoa começa a bater a cabeça na parede, no chão. “Mas eu também já presenciei casos de pessoas que voltaram do rito sem reação alguma, como se nada tivesse acontecido”.

Durante o ritual, que não tem tempo estimado de duração, o padre se veste com uma estola,usa crucifixo e água benta. Há casos, segundo ele, em que a pessoa chega tão transtornada que traz a tona situações familiares, revela nomes, fala em morte e muitos pedem que o demônio dê dinheiro. “O que eu posso afirmar é que o exorcismo trata de uma briga entre o bem e o mal”.

Medo?

O padre Aquiles revela não ter medo algum de exorcizar as pessoas, e tampouco do satanás. “O sentimento de ajudar as pessoas é muito maior. Não tenho medo. A única preocupação é que a pessoa volte ao normal e fique bem”.

A família de Aquiles hoje o apóia, porém, no início ficaram receosos com a prática do rito.  “Agora está tudo bem”, revela.

Filmes

Segundo o religioso, o mercado cinematográfico é atraído para abordar o assunto. “Acredito que é porque o assunto sempre foi tratado com muita prudência por parte da Igreja, como algo secreto, o que desperta curiosidade”.

Padre Aquiles fez questão de assistir o filme O Exorcista para entender como o tema seria abordado. O que percebeu é que os ensinamentos estão equivocados, por apelarem com recursos fantasiosos, como por exemplo, o fato de a pessoa levitar, girar a cabeça, entre outros. De acordo com ele, na vida real isso não acontece – pelo menos ele nunca presenciou cenas como esta.

Procura

Muitos moradores do Vale do Iguaçu procuram o Padre Aquiles para auxilio espiritual. De acordo com ele, o público alvo se resume em adolescentes e adultos, a maioria mulheres.