Região a caminho da normalidade

Expectativa é que nível do Rio Iguaçu comece a baixar nas próximas horas

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Atualizado há 11 anos

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Bruna Kobus/Jornal O Comércio

Após permanecer por 29 horas no pico máximo de 6,67 metros, o Rio Iguaçu recuou um centímetro às 11h de ontem, 3, segundo o monitoramento hidrológico da Copel, na régua da Ponte Machado da Costa em União da Vitória.

Contudo a Prefeitura decretou situação de emergência na segunda-feira, 1º de julho, em consequência das fortes e constantes chuvas que caíram em União da Vitória e região, principalmente, ente os dias 19 e 30 de junho, causando inúmeros pontos de alagamento no município. O nível normal do rio é de 2,50 metros. Porém, quando foi decretada a situação de emergência, estava com 6,65m, sendo assim, com 4,15 metros acima do seu nível normal. Com o rio mais de quatro metros acima de seu nível normal, foi necessário a defesa civil realizar a retirada de 122 famílias que vivem em áreas de risco e que estavam inundadas.

Embora tenha sido decretada situação de emergência, o chefe de operações da Defesa Civil, Márcio Cesar Roieck, diz que, a situação está controlada controle, e que isso ocorreu por precaução e para o cumprimento das questões legais, bem como para ter acesso aos benefícios destinados para municípios que passam por transtornos e situações de risco.

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Bruna Kobus/Jornal O Comércio

Aproximadamente 80 pessoas estão a disposição da Defesa Civil, sendo funcionários da prefeitura, terceirizados da Ecovale, Corpo de Bombeiros, soldados do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado (5º BEC Bld) de Porto União. A defesa Civil também dispõe de 12 caminhões, seis botes e demais equipamentos necessários para prestar socorro, assim que acionados.

Para que serve o Decreto de Emergência?

O decreto de emergência é usado quando não existe tempo hábil para as formalidades licitatórias, tanto para aquisição de materiais de consumo, distribuição gratuita, e outros, como para prestação de serviços, então no tempo em que o município está em estado de emergência, o Executivo fica autorizado a fazer a dispensa de licitação, enquanto isso os tramites legais desses processos, já estão sendo preparados, tempo que não deveria passar de 30 dias.

Voltando à normalidade

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Novas instalações da Defesa Civil de União da Vitória no Aeroporto José Cleto. (Bruna Kobus/Jornal O Comércio)

A expectativa é que a Defesa Civil de União da Vitória e Porto União comecem a elaborar um cronograma de retorno das famílias para sua s casa a partir da semana que vem se o nível baixar em ritmo satisfatório. A Vigilância Sanitária e as secretarias de saúde alertam para a limpeza de desinfecção das casas após o retorno da normalidade, para evitar doenças relacionadas como leptospirose, e picadas de animais peçonhentos.

O prefeito Anizio de Souza de Porto união determinou à Secretaria de Obras uma operação tapa buracos de emergência para posterior recuperação das vias mais atingidas pelo tráfego pesado no município. “Precisamos primeiro tapar essa buraqueira que está infernizando a vida de motoristas e motociclistas”, explicou Souza.

Já em União da Vitória a preocupação é com as estradas do interior, ruas não pavimentadas dos bairros e com as vias diretamente atingidas pelas enchentes. O Secretário de Obras, Marcio Roiek disse que o departamento de Obras está se mobilizando, mas lembrou que máquinas e homens ainda estão servindo à defesa civil do Município.

Pós enchente entra em discussão

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União da Vitória vista do Morro do Cristo. (Bruna Kobus/Jornal O Comércio)

A realidade das enchentes vai esquentar os debates sobre como minimizar os efeitos das cheias. Ficou evidente que a transferência de dezenas de famílias das áreas ribeirinhas evitou a superlotação dos abrigos públicos. Os dois prefeitos entendem que a solução para as cheias passa necessariamente por um arrojado programa de moradia popular, subsidiada pelo governo estadual e federal.

Outro ponto que ficou bem explicado foi o comportamento da usina de Foz do Areia. Segundo a Sec-Corpreri, por meio do seu presidente Dago Whoel, a usina trabalho dentro da cota exigida para o período de enchentes e não teve participação nas cheias. “A cota trabalhou abaixo do exigido e ainda sim o rio subiu, fruto da geografia do Rio Iguaçu”, defendeu Dago. O momento para avançar nos programas habitacionais é agora.