O governador Beto Richa disse nessa sexta-feira, 12, que a queda dos números de homicídios nas grandes e médias cidades do estado reflete o reforço dos investimentos que a segurança pública está recebendo – efetivo policial, equipamentos e estrutura – desde agosto de 2011 quando implantou o programa Paraná Seguro.
“Segurança pública é um dos principais focos do nosso governo. Estamos atuando de forma forte, com investimentos, recursos, equipamentos e estrutura. Os resultados começam aparecer. Temos metas ousadas dentro do programa Paraná Seguro e queremos alcançá-las”, destaca Richa.
O programa, já se sabe, é ousado e Richa disse que vai perseguir suas metas traçadas: contratação de 10 mil policiais, aquisição de 3,2 mil viaturas, construção de 95 delegacias cidadãs, instalação de 400 módulos policiais móveis e de unidades Paraná Seguro. Para isso, o orçamento da segurança saltou de R$ 1 bilhão para R$ 2,2 bilhões em 2013.
Homicídios
“O primeiro reflexo da eficácia das ações do Paraná Seguro está na redução do número de homicídios”, disse Richa. Os homicídios dolosos (quando há intenção de matar) caíram 27% nos primeiros seis meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2010. Foram 1.316 ocorrências neste ano, contra 1.795 em 2010. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública.
Na região da capital, que concentra quase metade dos crimes violentos do Estado, a queda foi ainda maior que no restante do Paraná. Em Curitiba, a redução nos números de homicídios chegou a 36%. Foram 260 crimes no primeiro semestre deste ano, contra 404 de janeiro a junho de 2010.
Curitiba e Região Metropolitana fecharam o mês de junho com os índices mais baixos de homicídio verificados desde 2008. Em Curitiba, foram 31 mortes e na RMC 43 ocorrências. A capital foi a primeira cidade a receber Unidades Paraná Seguro. Hoje são 10 bases de policiamento comunitário instaladas nas regiões mais violentas do município. Colombo e São José dos Pinhais também contam com UPS, além de Londrina e Cascavel.
Nas cidades da RMC, os homicídios caíram 37%, com o registro de 327 ocorrências em 2013, contra 518 no primeiro semestre de 2010. Uma das maiores quedas foi verificada na cidade de Colombo: 58%. Em São José dos Pinhais, houve uma redução de 50%.
Mantendo como parâmetro os mesmos períodos, os números mostram queda de homicídios nas cidades de Londrina (41%), Cascavel (13%), Ponta Grossa (22%) e Foz do Iguaçu (35%). Maringá foi o único grande município em que não houve redução.
Richa adianta que os dados referentes a homicídios dolosos são uma prévia de um amplo relatório com informações sobre crimes contra a vida, furtos, roubos e demais ocorrências que será divulgado até meados de agosto.
Eficácia
O secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, concorda que a taxa de homicídios é o principal indicador utilizado para medir a eficiência de ações na área da segurança pública. Ele ressaltou que a redução de 262 crimes, no comparativo entre os primeiros semestres de 2012 e 2013, “é como se todo o Estado tivesse ficado um mês inteiro sem que ocorressem homicídios”.
“É o resultado de um conjunto de ações promovidas pelas unidades da Segurança Pública, como operações sistemáticas, grandes apreensões de droga (principalmente na região de fronteira), a implantação de UPS em áreas mais sensíveis e também a elucidação de crimes, com a prisão de homicidas e traficantes”, disse Vasques.
No ano passado, o governador Beto Richa autorizou a contratação de 3.127 novos policiais, que já foram distribuídos pelo Estado para reforçar os efetivos da Polícia Militar e Polícia Civil e autorizou concurso público para a incorporação de aproximadamente 4.500 novos policiais.
Além disso, o governo estadual adquiriu 1.220 novas viaturas e fez grandes investimentos na melhoria da estrutura de segurança pública. “A soma destes esforços e o bom trabalho policial contribuem para ampliar a segurança dos paranaenses”, disse Richa.