No último fim de semana, o New York Times ouviu especialistas sobre os testes da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Os profissionais evidenciaram a preocupação com os testes da vacina, que também revelou novos detalhes.
A farmacêutica britânica não repercutiu os dados das pessoas que ficaram gravemente doentes após receberem a vacina experimental, fatos que levaram à suspensão dos testes até que especialistas independentes fizessem uma revisão de segurança.
Uma porta-voz da empresa afirmou que o caso de um dos voluntários não estava relacionado ao imunizante, e o teste, então, foi retomado.
Conforme os especialistas, o relato de pelo menos um caso entre milhares de participantes da pesquisa acende um alerta vermelho. Múltiplos casos confirmados, disseram, seriam suficientes para interromper de vez os testes da vacina. A meta da AstraZeneca é que sua vacina tenha 50% de eficácia.
O plano apresentado pela empresa prevê ainda que um comitê de segurança fará uma análise inicial depois que apenas 75 casos da doença forem confirmados. Ou seja, a empresa poderia interromper os testes antecipadamente e solicitar autorização do governo americano para liberar a vacina para uso emergencial.
Nos Estados Unidos, diferentemente do Reino Unido, Brasil e África do Sul, os testes com a vacina da AstraZeneca ainda estão suspensos.