Deu o esperado: a Federação PSDB Cidadania segue com Esperidião Amin (PP) na campanha ao governo do Estado. A decisão foi unânime e a proposta de apoio ao governador Carlos Moisés sequer foi avaliada pelo colegiado. Houve disputa, isso sim, para a vaga de vice-governador na aliança que passou a se chamar “Experiência para servir Santa Catarina”.
Com oito votos, o colegiado escolheu o presidente de honra do PSDB, ex-senador e empresário Dalírio Beber para a majoritária. O ex-governador e ex-senador Leonel Pavan fez dois votos e o ex-prefeito de Caçador Saulo Sperotto apenas um. Pavan estava muito entusiasmado com a possibilidade de finalmente fazer dobradinha com Amin, 20 anos depois do PSDB ter escolhido Luiz Henrique da Silveira e inaugurado a tríplice aliança que durou até depois da morte do ex-governador emedebista em 2015.
“Agora somos sócios. A empreitada não é fácil, mas é possível! Depende da nossa força, da busca da unidade e de uma linguagem muito clara sobre aquilo que SC precisa”, disse Amin, assim que chegou à sede tucana na noite de quinta.
Com habilidade, agradeceu a unanimidade da decisão, expressou respeito por Pavan e Sperotto e convocou para “colocar o desafio da vitória em primeiro lugar”. “Aceito com muito orgulho e com muita honra a decisão de vocês, não influenciei nela, mas estou muito satisfeito. Não sou um estreante, mas quero dizer que estou emocionado com essa decisão, muito motivado a trabalhar com a energia que Deus me dá”, festejou o atual senador, com mandato até 2027, que trabalha para governar o Estado pela terceira e última vez. Como antecipou na convenção do PP, se chegar lá, não pretende disputar a reeleição, o que não deixa de ser um ativo de futuro nas composições políticas.

Coautor político
Dalírio Beber e Esperidião Amin disputam juntos pela primeira vez, mas já têm batalhas comuns como a segunda pista do Aeroporto de Navegantes. Amin destacou a disciplina, dedicação, persistência e organização do tucano, entre 2015 e 2018, quando assumiu o mandato de senador, sucedendo o falecido Luiz Henrique da Silveira. “É um profundo conhecedor da economia do nosso Estado, haverá de ser um grande coautor tanto da campanha quanto, se bem sucedidos, do governo”, elogiou. O empresário e ex-prefeito de Xanxerê Bruno Bortoluzzi (PSDB) vai concorrer a suplente de Beber.

Afetos familiares
A visita à Fecam esta semana foi a primeira agenda conjunta de Décio Lima (PT) e Dário Berger (PSB), candidatos a governador e senador pela Frente Democrática. Os dois ex-prefeitos assumiram com a diretora executiva Sisi Blind a participação no Congresso de Municípios e Associações e Consórcios (Comac SC) semana que vem. A agenda é nova, mas o elenco é familiar. Décio e Ana Paula Lima mantêm amizade com o irmão de Dário Djalma Berger e sua mulher, Adriana Cravinhos Berger, pelo menos desde 2002. Na primeira viagem internacional de Luiz Henrique à Europa e Rússia os casais estiveram na comitiva, por exemplo. Depois foram colegas em Brasília. Por falar em 2002, havia grande chance dos protagonistas daquela eleição pelo PT, José Fritsch e Ideli Salvatti, comporem como suplentes de Berger na convenção do PSB sexta à noite.

Aliança forte
A Federação PSDB e Cidadania, com seus 120 mil filiados, e o PTB do candidato ao Senado, Kennedy Nunes, com 23 mil, mais que dobram o número de filiados às siglas da aliança em torno de Esperidião Amin. O PP soma 130 mil correligionários e sempre estima que Amin começa a eleição com patrimônio pessoal de pelo menos 1 milhão de votos. Também calcula que o candidato conseguirá configurar o palanque bolsonarista no Estado.

Cinquentões
Profissionais de comunicação reúnem-se neste sábado em Chapecó para o 13º Encontro da Imprensa Catarinense. O maior evento da mídia barriga-verde, como define Marcos Bedin, é iniciativa da agência MB Comunicação e Associação Catarinense de Imprensa (ACI)/Casa do Jornalista e envolve todo trade representado pela Acaert, Adjori, ADI, Sindejor, Sinapro, SJSC e Acesc. Na festa, Imara Stallbaum, Mário Medaglia, Renei Roberto Popper e Quirino Ribeiro serão homenageados por meio século de comunicação.

Quieto vota
Para esses tempos de convenções e decisões de maioria, vale a sabedoria do ex-senador Neuto de Conto. Ao deixar o evento do MDB, antes do resultado final, ele disparou: “Como sempre vai sair metade contente e metade descontente. É a democracia. Os mais inflamados e falando mais são Antídio, mas os quietos também votam!” Não deu outra, passou o apoio à reeleição de Carlos Moisés com Udo Döhler a vice. Os quietos levaram. Assim como na convenção da Federação PSDB Cidadania.

Produção e edição
ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com

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