Santa Catarina cresceu e está pronta para as eleições 2022 com 5,4 milhões de eleitores registrados em 16,7 mil seções eleitorais. O contingente aumentou em 419 mil pessoas, 7,65% votantes a mais do que em 2018. Com o crescimento de Balneário Camboriú, passou para 11 cidades com mais de 100 mil habitantes. Entre jovens de 16 e 17 anos, a expansão foi de 350% com a campanha #BoraVotar, passando de 15 mil para 55,7 mil eleitores no último ano. As condições para que o pleito seja seguro, transparente e ágil foram demonstradas em entrevista coletiva do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina na manhã de ontem.

O investimento em cada voto será de R$ 5,47, mesmo valor da última eleição, destacou o diretor-geral do TRE-SC, Gonsalo André Agostini Ribeiro. Cada eleitor fará 21 toques na tela da urna eletrônica para escolher, pela ordem, deputado federal, deputado estadual, senador (com dois suplentes), governador (e vice) e presidente (e vice). Com isso, o eleitor catarinense vai preencher 63 cargos públicos: 16 deputados federais, 40 deputados estaduais, um senador com 1º e 2º suplentes, um governador e um vice, um presidente e um vice.

De acordo com o presidente do TRE-SC, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann, cada eleição é a maior da história por conta dos seus desafios específicos. A de 2020 ocorreu em meio à pandemia e essa se dá com o país muito dividido. Para ele, é recomendável ser sempre vigilante com a democracia. Em Santa Catarina será instalado gabinete de pronta resposta formado por 32 instituições para atuar na inteligência e segurança do pleito.

Suplente do Norte
Como cogitado aqui em 28 de julho, o primeiro suplente do candidato ao Senado pelo PSD Raimundo Colombo é o empresário Ivandro de Souza, 52 anos, do União Brasil, com atuação na área da construção civil em Joinville. Natural de Brusque, Ivandro começou a vida profissional como office boy e, aos 19 anos, mudou-se para Joinville. Fez parte da Acij Jovem, ajudou a criar o Feirão do Imposto e comandou a Secretaria Municipal da Habitação na década de 1990. Em 2020, disputou a eleição para a prefeitura da maior cidade de Santa Catarina. Faltava um nome do norte do Estado na chapa majoritária #BoraTrabalhar. Gean é de Florianópolis, Eron Giordani do Oeste e Raimundo da Serra.

Agora casados
A deputada estadual Paulinha, que concorre à reeleição pelo Podemos, e o prefeito de Bombinhas, Paulo Henrique Dalago Muller, formalizaram seu casamento durante o 37º Congresso dos Despachantes Catarinenses, diante de 1,6 mil presentes e com o governador Carlos Moisés como padrinho. Paulinho, que é despachante, teria prometido levar as alianças ao evento desde que a deputada, antes da pandemia, assumiu o relacionamento em público. Agora cumpriu.

Fundo de campanha
Nestas segundas eleições com financiamento público, o valor do fundo especial de financiamento da campanha está em torno de R$ 4,9 bilhões, informou a secretária de Controle Interno e Auditoria do TRE-SC, Denise Schlickmann. O fundo partidário soma R$ 1,1 bilhão, é mais para manutenção das siglas, mas não há proibição que seja empregado nas campanhas eleitorais. R$ 530 milhões já foram distribuídos mensalmente às siglas.

Com Fritsch
O senador Dário Berger deve concorrer à reeleição pela Frente Democrática com José Fristch (PT) na primeira suplência e Guaraci Fagundes (PV) na segunda. Confirmado mesmo, só Fritsch. A ex-senadora Ideli Salvatti abriu mão do convite. Dário, que pretende ser senador de Lula, tem lembrado que a maior obra de inclusão social em Santa Catarina foi no Maciço do Morro da Cruz, feita em parceria com o presidente petista quando era prefeito de Florianópolis. Já no Senado, Berger se empenhou, por exemplo, na construção da terceira pista da Via Expressa, início da BR-282, em Floripa.

Briga de irmãos
Ministério Público de Santa Catarina confirma que há procedimento instaurado por denúncia contra o deputado estadual Bruno Souza (Novo) na Subprocuradoria Geral para Assuntos Jurídicos. Corre em sigilo. Candidato a deputado federal, Souza tem sido denunciado em perfil do Instagram do seu irmão Arthur Fernandes como “herói fake” por ocultação de patrimônio, como imóveis e participações em empresas, agiotagem e prejuízo aos cofres públicos com sua rede de motéis. De 2012 a 2018, o patrimônio declarado por Bruno Souza à Justiça Eleitoral pouco evoluiu, passando de R$ 557 mil para R$ 873 mil. Este ano, porém, o deputado declarou R$ 2,8 milhões, valor três vezes maior, o que faria supor a evolução patrimonial incompatível.

Produção e edição
ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com

Voltar para matérias