Santin Roveda quer levar sua gestão focada em inovações para Brasília

O empresário e ex-prefeito de União da Vitória, Santin Roveda (UB), busca alçar voos mais altos neste ano. O destino em mente é Brasília, mais especificamente a Câmara de Deputados. Reconhecido por uma gestão focada em obras e inovações, Santin deseja usar seu perfil empreendedor para mudar a região, o Paraná e o Brasil.

Em entrevista à CBN Vale do Iguaçu o candidato falou sobre algumas de suas principais propostas para um eventual mandato.

santin roveda entrevista


Confira a entrevista:

 Jornal O Comércio (JOC): Santin Roveda, você é um candidato que dispensa apresentações para o público de União da Vitória. Mesmo assim, para aqueles que talvez não o conheçam, quem é Santin Roveda? Qual sua trajetória e porque quer ser deputado federal?

Santin Roveda (SR): O Santin, principalmente, é marido da Ana Cláudia, pai do Henrique, que tem 8 anos. Um cara que ama ser pai, ensinar, direcionar um ser humano que enfrenta um mundo complexo, que muda rapidamente, todos os dias, toda hora, todo minuto. E eu sou empresário de mineração. Trabalho com mineração de areia para a construção civil, então o meu produto está em todo canto, em todas as construções. Eu já ajudo a construir o Paraná e o Brasil sendo um empresário. E eu acabei sendo prefeito de União da Vitória. Um dos motivos que me levaram para a política, eu não sou muito de falar disso, mas lamentavelmente, é triste, é complicado, eu nunca usei politicamente isso, já vi pessoas usarem a morte de filho eleitoralmente, mas eu perdi um filho alguns anos atrás, o Benício Roveda, e eu e a Ana Cláudia ficamos muito abalados. É lógico. E eu procurei fazer um serviço voluntário, e vi que serviços voluntários demandam periodicidade. Necessitava de horário, de dia certo, e eu não estava com esse tempo disponível. E eu, no início da criação do Facebook, achei interessante fazer certas atividades, como por exemplo, na Páscoa entregar chocolates nas escolas e nos Cemeis, e eu chamava uma galera para que a gente fizesse juntos doação de sangue, visitar um asilo, fazer uma tarde de um café, jogar bingo. [Certa vez] faltou sangue no banco de sangue aqui de União da Vitória, nessa época eu estava em Curitiba, e perguntaram “Santin, está faltando sangue tipo tal aqui em União da Vitória. Você não pode vir fazer um rolezinho do bem?” que era o nome desse conjunto de amigos que a gente se reunia. E eu falei “vou, com prazer”. E normalmente 14, no máximo 20 pessoas, doavam por dia, e no evento que eu fiz em União da Vitória houve 160 doações. Foi um sucesso absurdo. Juntou a imprensa, as próprias rádios da região, o Grupo Verde Vale estava lá, e todo mundo queria saber quem era o organizador daquele evento que tinha sido tão bem sucedido. E aí falaram que era o filho do Airton Roveda, e o meu pai, para quem não sabe, já foi prefeito, já foi deputado federal por três mandatos, 12 anos representando o estado de maneira honesta, digna. Foi um dos recordistas em liberação de emenda, ajudou, apoiou e alavancou muito os municípios e ajudou os gestores na época em que ele esteve à frente da legislatura como deputado federal. As pessoas se surpreenderam e acabou que meu nome foi ventilado para sair como deputado estadual na época, em 2014, até porque o Hussein Bakri estava com uns problemas bem graves, uma possibilidade gigante de não ser candidato, esse foi um dos motivos que me levaram. Eu gosto sempre de ocupar um espaço em que eu auxilie, não que eu venha para o embate. Não acho saudável usar a política em benefício egoísta, “ah eu quero ser deputado”. Não, eu tenho a possibilidade, tenho preparo, tenho bagagem, tenho experiência, tenho um espaço vago, eu entro. Se for para brigar não me interessa muito. Mas acabou que o Hussein saiu [candidato], e eu saí contra ele. Foi uma experiência interessante, não é fácil ser candidato contra o Hussein, e eu fiz 20 mil votos. Não me elegi por três mil votos, e a população acabou identificando em mim um líder e me chamou para ser prefeito. Eu nunca sonhei em ser prefeito. Acabei sendo prefeito de União da Vitória. Consegui ter um destaque gigante. Consegui ser um dos melhores prefeitos do estado do Paraná. Doei meu primeiro salário, fiz a maior obra de infraestrutura urbana, que é a ponte, que ninguém fez no estado inteiro uma obra maior do que nós fizemos aqui. Reformei todas as escolas do município, conseguimos ter o melhor IDEB. Liberamos, como um dos primeiros do Paraná, o Fundeb para a Apae. Tanto é que todas as Apaes do Paraná inteiro estão apoiando o deputado estadual Basana e o deputado federal Santin Roveda. Nós estamos muito felizes com essas colocações, com essas possibilidades, e atualmente sou candidato a deputado federal com um projeto muito bom, muito sólido. Acertei o partido, e nós estamos prontos para trabalhar pela população com todo o gás.  

JOC: Santin, como se desenvolveu a sua campanha ao longo das últimas semanas, que regiões do Paraná você visitou, e como foi a receptividade das pessoas? O que você ouviu das reivindicações da população paranaense?

Santin Roveda: Primeiro a minha felicidade pela importância de fazer um projeto que as pessoas pedem. Eu sinto que as pessoas pedem uma política limpa, agradável, de qualidade, saudável, sem falar bobagens no sentido de ataques. A polarização que nós temos hoje no país não acontece só no Brasil, é no mundo inteiro. É na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia, na África. Nós no Brasil temos líderes que às vezes são muito fracos, que não tem uma visão macro, não olham de uma forma global. A gente acha de vez em quando que a inflação só está no Brasil. A inflação está histórica acontecendo na Europa, nunca teve uma inflação tão absurda nos Estados Unidos, e aqui estamos com uma inflação até controlada, e tem uma deflação atualmente na verdade. Eu gosto de jogar bem claro e falar aqui, declarar que eu não sou ista, não quero que ninguém seja santinzista jamais. Quando eu trabalhei como prefeito eu trabalhei para o PT, para o PSTU, para a esquerda e para a direita. Cuidei da UPA, cuidei da saúde para todo mundo. Eu fui um prefeito do povo. E eu gosto de não me omitir e declarar o meu voto, porque muita gente pergunta também. Para presidente eu, Santin Roveda, voto no Jair Bolsonaro. “Ah, então você é bolsonarista?”. Não sou bolsonarista. O Bolsonaro é um cara transparente, com boas intenções, uma política econômica, na minha opinião, extremamente coerente e boa para o empreendedorismo e para o desenvolvimento de empregos. Mas ele fala um monte de bobagens, é um cara tosco. Ele mesmo se declara um cara tosco. Eu fui um dos 23 prefeitos, quando ele levou a facada, que foi na casa dele representando todos os prefeitos do Brasil dando apoio a uma nova política. Me decepcionei em algumas situações, algumas atitudes, como todo mundo, ninguém é perfeito, mas eu declaro o meu voto e sou Jair Bolsonaro. Quero sempre demonstrar para a população a minha coerência em me colocar à disposição. As pessoas querem uma política feita principalmente para a geração de emprego, de apoio à agricultura. O Paraná alimenta o planeta inteiro, então é uma das situações que eu vou me colocar à disposição para me dedicar. E como eu era prefeito eu sei de maneira muito clara que eu já fui o executivo. Eu era o cara que arrumava o paver, a calçada, o passeio, o ponto de ônibus, reformava escola, reformava praça. É até um prazer passar ali na praça Coronel Amazonas que era um nojo, era um lixo, que tinha até o mapa jogado terra em cima que de forma criminosa fizeram isso no passado. Mas só tinha ali crackeiro, bandido. Hoje são só famílias. Ontem passei ali no final da tarde e é a coisa mais linda do mundo. Tinha uma sala de alguma escola brincando no parquinho, aí que é digno. Então, não estou passando aqui porque eu necessito de poder. Eu não necessito em ir tomar café, como eu gosto de escrever, que às vezes algumas figuras políticas não vão tomar café sem 12 assessores puxando o saco deles. Eu não preciso que ninguém abra a porta do carro para mim. Eu dirijo o meu carro. Tanto é que meu carro é feito de trabalho, é feito de areia, eu gosto de falar. A minha vida não é feita de política. A minha missão realmente é fazer coisas importantes que mudem a vida das pessoas. Eu não tenho tesão em ficar trabalhando só pelo poder e pela vaidade. Se eu não impactar positivamente na vida de quem está lendo agora, que é para quem eu me dedico, não vale a pena. Eu volto bem quietinho para a minha casa, como já fiz algumas vezes, para a minha empresa. Eu fui o único prefeito bem avaliado do estado, dos quase 400 municípios, que não foi para a reeleição. Eu sempre falei que não ia, que era uma missão, eu tinha propósitos claros, projetos importantes que mudavam a vida das pessoas, e entreguei todos e voltei para a empresa, voltei para a minha família. As pessoas às vezes acham que a ponte é uma estrutura de concreto e que é uma obra. Não é. Isso como eu falo é visão pequena, egoísta. Sabe o que é uma visão clara e macro? A ponte dá a maior dignidade do universo. Muita gente quer fazer programa social. Parabéns, é importante, lógico que é importante. Tudo. Bolsa Brasil é super importante. Mas a ponte é transferência de renda, ela traz riqueza, gera emprego. A hora em que inaugurei a ponte eu coloquei no bolso de todo mundo que mora em São Cristóvão, naquele distrito gigantesco de 25 mil habitantes, maior do que 200 municípios do estado do Paraná, eu coloquei dinheiro no bolso das pessoas que moram lá. O imóvel deles que valia R$ 80 mil passou a vale R$ 160, quase R$ 200 mil. Então eu enfiei quase “cem conto” no bolso de cada família. Então deu dignidade, deu lojas novas, vitrines reformadas. É lindo ver ali as estruturas de novas empresas que estão aparecendo e gerando emprego.

JOC: A duplicação das BRs 153 e 476 é um anseio da população de União da Vitória e região que necessita trafegar por essas estradas com frequência, e essa é uma das suas bandeiras de campanha. Nos fale mais sobre esse projeto.

Santin Roveda: Um dia eu estava indo para o Baú Clube de Campo, eu era bem pequenininho, eu eu passei pelo trevo do Mallon e tinha uma bicicleta toda retorcida no asfalto, tinha um monte de gente olhando, e tinha um corpo estendido, com a cabeça aberta, e os miolos todos espalhados pelo asfalto. Para uma criança, ver isso é uma coisa muito impactante. Eu não me esqueço nunca daquela cena. E vi meu pai se dedicar muito por um projeto que mudou não União da Vitória, mas transformou toda a região centro-sul. Ele fez a reconstrução, na época, da BR-153. Tentou fazer uma parte da BR-476. Fez terceiras pistas. Ajudou muito no escoamento desse tráfego de veículos e fez as trincheiras lá do Trevo do Horizonte, deu aquela dignidade importante para a região de General Carneiro. O trevo que entra para Bituruna, o trevo do Mallon que é esse dessa situação que eu descrevi que tinha essa pessoa, esse corpo desse morto que eu vi. Teve o trevo de Cruz Machado, o trevo de Porto Vitória. E por exemplo, na região de Paulo Frontin, Rio Azul, Rebouças tem aquele trevo que foi feito depois de Airton Roveda, que é uma vergonha, que é uma imbecilidade, que não tem pé nem cabeça, coloca as pessoas em risco. Eu sempre falo: tem o trabalho estilo Roveda, e tem o trabalho de outros ignorantes. Na política tem pessoas que entram para não fazer nada e se aposentar sem fazer nada. Tem pessoas que entram para fazer politicagem, ganhar cargo, colocar primo, cunhado, compadre. E tem pessoas comprometidas em fazer a diferença. Eu, e vejo a história do meu pai, espero que a gente faça na BR-153 e na BR-476 uma reconstrução total, ou o meu sonho, que é a duplicação e um eixo de desenvolvimento vindo do oeste de Santa Catarina, que é o maior exportador de frango e suíno do planeta, fazendo um corredorzão passando por União da Vitória, São Mateus e essa região escoando essa produção no porto de Paranaguá, que é a chamada Rodovia do Frango. Se nós tivermos decência, e talvez uma concessão ao estilo Santa Catarina, barata e justa, eu acho que é importante para que a gente futuramente se torne algo parecido com o que é o eixo Ponta Grossa-Florianópolis. Nós seremos em um futuro próximo, se nós caminharmos nesse sentido, uma Jaraguá, uma Joinville, com um monte de oportunidades e riqueza. A nossa região ainda é humilde, tem pouca grana rolando por aqui. E, para atrair empresa, indústria, tecnologia, é assim que se faz, tendo estrutura. Não tem como o prefeito colocar uma arma na cabeça de um empresário e obrigar ele a vir para cá. É a estrutura que muda a vida da gente e é a minha proposta número um. Na verdade é a minha meta de vida, independente de política, de ser deputado ou não ser, como empresário eu acho que todos nós temos que lutar por isso.               

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JOC: Santin Roveda, o hospital do câncer em União da Vitória é um sonho possível?

Santin Roveda: Eu nunca cito sonhos impossíveis, porque eles são impossíveis de alcançar, e falo isso para quem está lendo agora: se você tiver qualquer sonho que você ache que é possível, já é um sonho que você vai alcançar. O Hospital do Câncer é necessário. Quem já teve na família, quem já passou por essa situação com mãe, marido, esposa, avó, filho, sabe o quão dramático é. Principalmente pelo deslocamento. O deslocamento causa um impacto muito grande físico e psicológico. Então você ter um tratamento perto da sua casa, próximo do seu município, com o conforto da sua família, ele te dá, logicamente, mais possibilidade até de um retrocesso dessa doença terrível, que é dramática, mas que nós temos sempre que atacar para tentar ajudar essas pessoas que sofrem com essa doença. E o meu compromisso é ir sim atrás do Hospital do Câncer para União da Vitória para atender quase trinta municípios. É um sonho do Santin, do nosso prefeito Bachir Abbas, e que nós temos um apoio muito grande do Alexandre Curi e do Hussein Bakri. Nós estamos trabalhando para que tudo vá bem, e pedindo também votos para esse pessoal, que é muito importante.

JOC: Para aquele eleitor que está indeciso, está em dúvida, por que votar em Santin Roveda para deputado federal no próximo dia 02 de outubro?

Santin Roveda: Por que eu não devo nada. Por que política para mim não é profissão. Por que aqui em União da Vitória todo mundo que observou e viu a minha dedicação na prefeitura viu que eu não abaixo a cabeça para imbecilidades políticas. Se eu consigo alguma coisa eu falo, digo olho no olho também ou vejo o que vou fazer. Eu sou um político bem diferente, até o meu discurso eu tenho discursos mais preparados. A gente está fazendo muita coisa, girando o Paraná inteiro e sendo muito bem acolhido, tem uma possibilidade grande de a gente ser um dos deputados federais com a maior votação e eu escuto muito das cidades, aqui de União da Vitória, Bituruna, Cruz Machado, Paula Freitas, Paulo Frontin, Mallet, São Mateus, Antônio Olinto. De vereadores também eu ouço “Santin, eu ia com outro porque até deu um carro”. Mas o que muda a vida de alguém um carro no dia a dia? Não muda nada. O que muda é apoio grande. Por isso é importante votar nas pessoas daqui. Deputados que ajudariam, vamos dizer uma pessoa de Fazenda Rio Grande, ajudariam o Toninho Wandscheer, mas o Toninho Wandscheer não está aqui, o Sandro Alex não está aqui. Quem está aqui é o Santin Roveda, e os vereadores falaram “eu já abandonei vários deputados de fora porque eu vejo que você é o melhor para a nossa região, e eu não tenho nem coragem de estar com outro deputado porque a própria população está pegando no meu pé porque quer o Santin Roveda”. Para mim isso é um orgulho gigante. Não tem como eu descrever em palavras como eu sou grato à população. E é voltando àquela política, não é a minha intenção somente, mas é a população que vê que nós não temos ninguém em Brasília levantando a mão, e quando eu falo ninguém é ninguém, é zero. Nós não temos ninguém da nossa região em Brasília dizendo que está lá por União da Vitória, por Cruz Machado, por Porto Vitória, por General Carneiro, por Bituruna, por São Mateus do Sul, por Paula Freitas, Paulo Frontin, Mallet eu sempre incluo porque é muito próximo. Eu já fui presidente da Amsulpar e eu queria unir a Ancespar com a Amsulpar, que inclui Mallet, uma região muito próxima a nós, Rio Azul, Rebouças, Irati, Fernandes Pinheiro, Imbituva. Nós somos um bloco muito parecido, e a gente trabalha de forma muito parecida, é um povo igual. Não esqueça, é 4400, deputado federal, o deputado de União da Vitória, o deputado da região. Como eu transformei União da Vitória, agora eu quero transformar a região, o Paraná e o Brasil.

Ouça a entrevista em CBN Vale do Iguaçu

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