Agora é a hora para investir em imóveis? Especialista acredita que sim!
Não é de hoje que o sonho da casa própria é prioridade entre os brasileiros. Segundo uma pesquisa da FipeZap (que avalia a demanda por imóveis no país), em torno de 60% dos entrevistados acredita que agora é o melhor momento para adquirir um imóvel, enquanto 48% pretende comprar um nos próximos meses. Quem concorda são os especialistas da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), cujos números do setor continuam crescendo; sendo em 2021 em torno de 26,1% em todo País.
Luiz Antonio França, presidente da Abrainc, acredita que ainda para este ano aconteça um aumento de 30% nas vendas e de 40% nos lançamentos imobiliários, pelo fato de a economia estar reagindo e as pessoas apresentando certa estabilidade de renda.
Vivian Vargas, também aposta as suas fichas no setor. Ela é Corretora e Analista de Imóveis, Perita Avaliadora Imobiliário e presidente do Núcleo de Corretores de Imóveis de Porto União e União da Vitoria (Nipuv). Envolvida diretamente com a pauta, Vivian também é membro da diretoria da Mulher junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR). “Quando me perguntam se o mercado imobiliário é o melhor investimento a resposta é simples e precisa: sim! O imóvel sempre será o porto seguro dos brasileiros. Trabalhamos (NIPUV) em paralelo com investimentos de Bolsa de Valores, ações, Letras de Câmbio, até mesmo moeda digital. Mas todas elas tem oscilações em que o imóvel não sofre tamanha consequência. O imóvel pode até ter valores estabilizados, mas nunca desvalorização”, afirma.
Segundo Vivian o setor apresentou crescimento no mercado de capitais, ou seja, alavancou uma valorização do segmento como um todo. “Você viaja hoje para todos os lugares do país e com facilidade e, em todas as cidades e litorais, o que vemos é o crescimento ativo da construção civil. Grandes incorporações e indústrias de materiais de construção trabalhando por até 24 horas. Os principais elementos da construção – ferro e cimento – são a prova disso de que o mercado imobiliário está em alta; tudo isso reflete no desenvolvimento dos município, estados e nação, ou seja, é um segmento que se reflete em outro, sendo a construção civil a base de todo o desenvolvimento”.
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De acordo com a corretora do Vale do Iguaçu o principal ponto de atenção ao comprar ou investir em um imóvel está no comprometimento de parte importante da renda, mesmo com negociações à vista. “Eu diria que obter o seu próprio imóvel já é o seu melhor investimento, ou seja, é o bem maior do cidadão brasileiro. Hoje vivenciamos boas oportunidades de financiamentos, devido as suas taxas mais reduzidas e também estamos conseguindo ter bons acordos entre vendedores e compradores. Existe uma melhor flexibilidade nos negócios quando se trata de compra e venda com recursos próprios. Uma dica ao comprador é procurar sempre os corretores de imóveis para ter informações precisas sobre aquisições”.
Como escolher o melhor investimento imobiliário?
Vivian explica que o perfil do corretor de imóveis mudou na atualidade. “Ou seja, ele está apto a informar ao seu cliente o que, aonde e como comprar. Nós, do NIPUV, estamos sempre nos aperfeiçoando com conhecimentos, cursos, estimativas de bancos, participações em reuniões com a superintendência da Caixa e outros bancos para atualização de informações corretas ao cliente. A dica mais importante é sempre comprar o seu imóvel por meio de um corretor (a) de imóveis; é ele quem oferecerá segurança para um negócio sem riscos e com toda a documentação legal”, compartilha.
Vale lembrar que o mercado imobiliário brasileiro se mostrou resiliente e conseguiu dar a volta por cima durante a crise causada pela pandemia da Covid-19. “Vivemos um tempo bem difícil para todos os segmentos na pandemia e todos tivemos seus prejuízos. O brasileiro é guerreiro e já enfrentou tanta coisa, não é? O acordo é uma iniciativa interessante entre o proprietário e o inquilino, onde ambos se ajudem para que o inquilino não desocupe o imóvel e o proprietário possa continuar a receber o seu aluguel de forma ponderada. Um acordo temporário é o que nós do NIPUV fizemos para todos os nossos clientes. O tempo é de colaboração entre todos”.
Moradia Brasileira
A Fundação João Pinheiro, divulgou em 2019, que mais de 5,8 milhões de moradias no país apresentavam problemas próprios ao déficit habitacional. As regiões Norte e Nordeste do Brasil expõem, segundo a pesquisa, um alto número de coabitação familiar e moradias precárias. Ainda, disse o estudo, que as moradias precárias, como as favelas, são acompanhadas pela ausência de infraestrutura.
Para o crescimento de qualquer cidade se faz necessária a expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de esgoto, energia elétrica, pavimentação, entre outros.
A maioria das famílias vive em casas de um ou dois quartos no máximo, e quando são mais ambientes eles são bem pequenos e apertados. O espaço não é mais a prioridade e já não se passa tanto tempo nas casas como antigamente, então isso deixou de ser tão importante. “Em grandes cidades existe a oferta de muitos imóveis para a locação e com grande variedade; também prédios novos com apartamentos práticos e bem localizados e mais seguros, deixando os antigos imóveis residenciais para a locação comercial. Já nas cidades pequenas como a nossa (Vale do Iguaçu), vivemos uma cultura diferente, ou seja, existe uma escassez de casas residenciais, que é o que o público mais procura. O que se discute também são os valores de aluguéis, que deveriam ser mais compatíveis com a realidade de cada cidade. Em se tratando de nosso mercado aqui no Vale do Iguaçu tivemos um aquecimento nas vendas dos imóveis por conta das boas taxas de financiamento. Já no quesito locação ainda há falta de casas residenciais no mercado; mais opções em apartamentos de 2 quartos disponíveis e sobrando a opção de um quarto”, acrescenta Vivian.
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