Preparar um bom churrasco é um ritual. Exige toda uma preparação. Desde a escolha da carne até o momento de servi-la, o churrasqueiro/assador precisa pensar em todos os detalhes. E aí é que muitos passam despercebidos. Nós, churrasqueiros de final de semana, que gostamos de reunir os amigos, a família, os colegas de trabalho para “comer um assado”, “queimar uma carne”, “fazer um churras”, costumamos colocar em prática aqueles ensinamentos que vieram com o tempo, a maneira de preparar que aprendemos com o avô, o pai, o tio que no domingo tomava conta da churrasqueira e se exibia, no bom sentido, como um verdadeiro “chef”, um mestre na arte de assar. Tudo é válido. O importante é a convivência, a amizade, o bate-papo, as risadas que acompanham um bom churrasco.

Mas, além dos churrasqueiros “comuns”, nos quais me incluo, há também aqueles que adquirem conhecimentos mais abrangentes a respeito da arte de preparar um assado. E isso torna a experiência mais interessante, valiosa e, principalmente, saborosa. Ter uma boa faca, saber afiá-la da maneira correta, acender o fogo, entender quais os melhores cortes, o ponto certo, a diferença do gado de cada região, são algumas informações que podem fazer com que você seja um churrasqueiro diferenciado.

Na noite de quinta-feira, 21, fui convidado pelo parceiro aqui do Grupo Verde Vale de Comunicação, Supermercado Reviwer, para participar de um curso de técnicas de churrasco com o renomado chef Edison Tomaz, consultor em carnes. O local escolhido foi o espaço gourmet do Grupo Verde Vale de Comunicação. E que experiência fantástica. Gostaria que todos aqueles que apreciam e gostam de fazer churrasco, pudessem ter essa oportunidade. Adquirir conhecimento nunca é demais, nessa área então, é unir o útil ao agradável.

Começamos aprendendo a afiar a faca. O sentido correto de deslizá-la pela pedra, o acabamento com a chaira, tudo nos mínimos detalhes. Em seguida, uma aula de como acender o fogo. Nesse momento redobrei a atenção à fala do chef Edison Tomaz porque esse sempre foi um problema que enfrentei ao longo da minha vida de churrasqueiro. Não vou me constranger em revelar que muitas vezes passava 20, 30 minutos abanando o fogo com uma tampa de panela ou qualquer objeto que pudesse me auxiliar. Fazer o fogo sempre foi um momento de apreensão. Não só para mim pelo que pude perceber nos olhares dos demais participantes.

A conclusão que tive após ver o chef acendendo é que eu realmente era um leigo em acender fogo. Bom, partimos para as próximas etapas. A facilidade com que o nosso mestre explorava cada parte do boi, extraindo cortes perfeitos e esbanjando conhecimento, causava incredulidade de todos que ali estavam. A maioria deve ter pensado: “não entendo é nada de churrasco”.

Aos poucos foram surgindo peças como maminha, fraldão, mignon, bife de ancho, bananinha, entrecot, enfim, uma variedade de dar água na boca. Alguns cortes ficaram mais de uma hora no fogo. Outros, apenas passaram por um processo de “selar” a carne para depois serem degustados. Ou seja, permaneceram poucos minutos na churrasqueira.

O tempo correto e a altura em que você deve deixar a carne nos diferentes andares da churrasqueira também é uma informação preciosa e que pode fazer toda a diferença. Bem passada, mal passada, ao ponto, acompanhada de um delicioso pão de alho para petiscar, tudo esteve perfeito. Claro que cada um tem a sua maneira, a sua preferência, mas se aventurar em modos até então desconhecidos da arte de fazer churrasco foi realmente incrível.

E o melhor de tudo é colocar em prática posteriormente. No domingo, pós-curso, resolvi fazer um churrasco para a família. Depois da experiência vivida, do conhecimento adquirido, foi muito prazeroso ver o fogo acendendo sem a necessidade de auxílio externo, no meu caso a tampa de panela. As carnes foram servidas em um intervalo de tempo bem menor. Cheguei a ouvir: “mas hoje até o pão de alho saiu rapidinho”. E aí vem aquela satisfação, o sorriso de quem conseguiu, mesmo que em pequenos detalhes, ser um churrasqueiro melhor. A faca, devidamente afiada de acordo com os ensinamentos do chef, deslizava suave pela carne. Foi apenas um primeiro passo, mas espero ter no futuro breve a oportunidade de ampliar esses conhecimentos e tornar a experiência de assar uma carne ainda mais interessante. Obrigado Supermercado Reviwer pela experiência fantástica e também ao parceiro ShopFacas, que equipou boa parte dos participantes do curso e também enviou alguns brindes para serem sorteados durante a noite. Que venha o próximo, pois a fila de espera já está grande!

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