Nilton Schorr (PT) participa da sabatina O Comércio

O candidato à vice-prefeitura de Porto União, Nilton Schorr (PT), que integra a chapa encabeçada por Celestino Glaab (PT), participou da sabatina promovida pelo jornal O Comércio. A seguir, reproduzimos um trecho da entrevista referente a função de um vice e prioridades caso a chapa seja eleita.  O conteúdo na íntegra está disponível em https://www.youtube.com/@jornalocomercio.

Confira na íntegra

Confira:

Jornal O Comércio (JOC): Candidato, qual a função de um vice-prefeito no organograma da administração? Fale sobre a importância desse posto.
Nilton Schorr (NS): Com muita tranquilidade posso responder isso, porque isso também é aula de geografia. Usei muito nas minhas aulas a função de um prefeito e também especificamente de um vice-prefeito. Historicamente a gente sabe que o vice-prefeito não era convidado, era apenas um enfeite ali que, às vezes, nem comparecia na prefeitura porque ninguém dava bola, né? Não tinha função. Só o prefeito que ficava ali. Ultimamente o vice-prefeito, não sei se em todo o município, mas pelo menos nos que eu conheço, ele tem a sua função, coisa que era pra ter sido sempre. E ele tem a sua função, assume uma secretaria ou às vezes faz o intercâmbio com a população. O prefeito tem a sua agenda, e o vice pode ter a sua [também]. Quando um sai, o outro pode ficar. Mas sempre tem que estar em contato com a comunidade, buscando os problemas, não ficar escondido em gabinete. Você tem que ir buscar os problemas. Tem que ir atrás. Os vereadores fazem a ponte e a extensão é o vice-prefeito e depois o prefeito. E os conselhos da cidade. Tem “n” conselhos que eu acredito que estejam funcionando em Porto União. Lá na minha cidade onde eu trabalhei, todas funcionam, e eu tive oportunidade de participar todos os anos e a gente fazia muitos projetos, como conselheiro, que foram aprovados e os vereadores apenas assinaram porque estava tudo certinho.

A função do vice-prefeito é muito importante. Antigamente diziam que o vice-prefeito, é só uma brincadeira, que ele só serve para fumar charuto. Mas isso era lá no passado. Hoje é o contrário. A função do vice-prefeito é super importante no dia a dia da prefeitura e da comunidade. Ir atrás de recurso e ir atrás de projeto, auxiliar o prefeito e a comunidade de um modo geral para que haja o desenvolvimento dos projetos que realmente venham de encontro às necessidades da população. E a população tem que ser ouvida. A verdadeira política, a política séria e honesta, ela é participar, todos participarem. Do mais humilde ao mais graduado tem que ser ouvido. Tem que ser convidados para reuniões e todos devem ser convidados a dar sua opinião. Muitas vezes a pessoa mais simples é uma pessoa sábia, sabe muitas coisas, mas ninguém dá muita bola. Então essas pessoas têm que ser trazidas. Vamos conversar aqui. Perguntar qual é a sua opinião sobre esses problemas aqui? “Ah, antigamente tinha isso aqui, mas sempre deu problema. Será que a gente não pode fazer isso?”. Aí capta aquela mensagem, anota e depois vai atrás. “Ó, o senhor idoso lá deu uma boa ideia”.

Por exemplo, fazer um aterro. Até onde já pegou água. Aí [pergunta para esse senhor]. O senhor que mora [no local] há quase 100 anos [responde]: ah, uns 2 metros. Então temos que fazer a ponte, o aterro no mínimo 2,5 metros, 3 metros para cima, aí nunca vai dar problema. É só ver o trilho do trem. Foi feita a picareta antigamente, há mais de 100 anos, e nunca pegou água. Com enchente grande ou pequena. Aí o asfalto é feito mais baixo que o trilho do trem. Hoje estão fazendo aterro no Pintado porque foi feito muito baixo. Aí tem o aterro da área industrial que tem que fazer. Isso é uma boa coisa para o vice-prefeito ir atrás e ver o que se pode fazer. Procurar recursos, fazer um projeto, ouvir as pessoas. Ele vai ter muito tempo para isso. Então o vice-prefeito tem que participar de tudo, e às vezes até na frente do prefeito, fazer uma grande parceria.

JOC: Qual o senhor acredita ser o principal problema de Porto União? O que é prioridade logo nos primeiros dias de governo caso a sua chapa seja eleita?
NS: Nos primeiros 100 dias, como é de praxe, tem que fazer todo aquele levantamento base. Algumas coisas a gente, obviamente, já está sabendo de antemão. Então você tem alguns dias, algumas semanas para você fazer um levantamento técnico, chamar o pessoal que faz aquela transição de governo para você ver em que pé estão as coisas, os projetos que estão em andamento, aqueles que estão no papel, os que já estão prontos, finalizados.
A gente sabe que dinheiro público é sagrado. Cada centavo investido no projeto que está em andamento, que ainda precisa de mais verba, ou que ainda está no papel, tem dinheiro público. A primeira coisa que tem que fazer quando se entra numa prefeitura, não importa quem é o governo, tem que ver o que que está acontecendo. De preferência já antes. Mas às vezes não é possível, então você tem que fazer todo aquele levantamento técnico, ouvir, chamar todo mundo que faz parte das partes principais ou do mais simples aí você vai anotando tudo e vai montando um esqueleto básico com aquilo que você já tem ali na prefeitura que se viu pessoalmente, fez aquele levantamento técnico pré-governo.

Depois nos primeiros meses de governo, a partir daquele esqueleto, você vai colocando, vai formando o resto do corpo da prefeitura. O que deve ser aplicado. E daí tem as verbas. Isso é geografia econômica. Isso a gente sabe muito tranquilamente. Você tem os impostos que entram, aí você tem que colocar na mesa e tem que destrinchar. Aquele dinheiro obrigatório para pagamentos de funcionários. A gente sabe que há “n” funcionários, “n” áreas para você cuidar. Tem os projetos que você tem que pagar. Tem os compromissos de dívidas que tem que ser pagas. Depois de levantar tudo isso, o que sobra a gente vê, isso aqui é para a gente fazer os projetos que é nosso pra gente continuar investindo em coisas novas importantes que a comunidade realmente precisa. Isso após ouvir a comunidade, a gente tem lá o projeto antigo, o orçamento participativo, e não precisa de ter esse nome. Tem outros meios de ver isso, como a gente já sabe, o pessoal de geografia sabe de tudo isso. Vai na comunidade e vê lá o que que falta. Aí, dentro daquilo, das coisas que estão faltando, a população do lugar, do bairro, elege o problema mais urgente de se resolver e aí esse é o problema que tem que se resolver.

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