Agro sem barreiras
Uma das situações mais gratificantes para o gestor público é acompanhar, mesmo distante do cargo, o andamento e, sobretudo, os êxitos de políticas públicas, programas e iniciativas adotadas durante sua administração.
Há poucos dias, o Paraná recebeu o tão almejado certificado internacional de área livre da febre aftosa sem vacinação. Uma demanda histórica que abre novas perspectivas e mercados para as carnes produzidas aqui. O anúncio foi feito no dia 27 de Maio pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em Paris, na França, e confirmado ao governador Carlos Massa Ratinho Jr.
Lembro das reuniões ainda em 2018 no Palácio Iguaçu com o secretário da Agricultura, George Hiraiwa, as cooperativas, os representantes dos produtores e o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), meu amigo Ágide Meneguette.
Havia uma reivindicação do setor produtivo para que acelerássemos a tramitação dos processos de certificação do Paraná junto ao Ministério da Agricultura.
Ao tomar conhecimento completo do assunto, encaminhei de imediato um ofício ao ministro Blairo Maggi solicitando agilidade na análise e reforçando o compromisso de o Paraná cumprir as medidas apontadas em uma auditoria realizada pelo Departamento de Saúde Animal.
Com apoio político, do setor produtivo e dos valorosos técnicos do Estado e da Adapar superamos algumas barreiras na época. E a continuidade do processo pela atual gestão permitiu ao Paraná celebrar o status de área livre de aftosa sem vacinação agora em Maio.
O selo é essencial para a abertura de novos mercados de exportação para a carne paranaense. Somos o maior produtor de proteína animal do Brasil e o certificado assegura, além de novos destinos, a valorização da nossa produção. Orgulho desse trabalho intenso e da união das forças paranaenses.
Nessa semana recebi outra animadora notícia para o agronegócio do Estado contada pelo George Hiraiwa.
Hiraiwa é um dos maiores especialistas em inovação do campo no país. Engenheiro agrônomo e empresário, ele foi escolhido para integrar a nossa administração com a missão de estimular a inovação no agronegócio paranaense.
A estratégia definida era utilizar a dinâmica do Agro 4.0 como fator de desenvolvimento, estimulando o aumento da produtividade, geração de riquezas e de novas oportunidades, com o foco na permanência do jovem no campo.
E um dos reflexos de todo esse processo está se consolidando agora pelas mãos de George Hiraiwa e de uma competente equipe de parceiros e colaboradores. Depois de quatro anos de construção de um ecossistema de inovação agro da região Norte está sendo lançado o “Hub Cocriagro”.
O Hub ficará localizado dentro do Parque da Sociedade Rural do Paraná, em Londrina, e, de acordo com o Hiraiwa, será o ponto de partida para transformar o local no Parque Tecnológico do Agro com a meta de abrigar e fomentar startups e empresas de inovação no setor.
Há uma infinidade de utilizações para a tecnologia no campo. Softwares e hardwares que permitem a minimização dos riscos, reduzem custos, orientam a tomada de decisões, possibilitam o aumento da longevidade do solo, facilitam o controle de pragas, racionalizam o uso de insumos e, por fim, aumentam consideravelmente a produtividade.
São dois avanços recentes que merecem ser divulgados e celebrados. Com a união dos diversos atores do setor, estímulo do poder público e a gestão eficiente dos nossos produtores não há barreiras para o agronegócio paranaense.
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