Marco Sokol, lembra dele?
Fotógrafo ajudou contar a história do Vale do Iguaçu e das passagens da vida por meio de seus inúmeros retratos
Sabe aquele ditado popular, que é muito usado: “Casa de ferreiro, espeto de pau”?
Pois bem. Ao contar a trajetória profissional de Marco Antonio Sokol a frase pôde ser empregada; pelo fato de que ele é hábil em fotografar inúmeras situações, menos a seu favor.
– Você quer uma foto minha? É isso? Então, essa é uma tarefa difícil”.
O ano era 1980. Foi um período de significativas mudanças e de novos ordenamentos no quadro político da sociedade brasileira. Também, o início do processo de abertura política, após longo período de ditadura militar, que possibilitou o surgimento de novas organizações da sociedade civil e da sociedade política. Na parte artística, surgiu o hip hop e a música eletrônica despontava nas pistas de dança e nas primeiras raves (evento festivo dançante de longa duração).
E por aí vai…
Já para Marco Antonio Sokol foi o início daquilo que lhe daria grande popularidade no Vale do Iguaçu e em toda a região. Seu nome é uma referência na fotografia, contribuição na contagem da história de União da Vitória e Porto União e das passagens da vida, por meio de imagens.
“Minha trajetória como fotógrafo começou ainda na década de 80. Eu comecei brincando com uma câmera nas mãos. Aos poucos fui tomando gosto pela arte da fotografia, quando de repente uma amiga chega e diz: você não quer fotografar o meu casamento? Foi ali que tudo começou. As fotos ficaram boas e quem via o álbum perguntava quem era o fotógrafo. A propaganda de boca em boca foi crescendo, tomando corpo e aumentando os pedidos para que eu fotografasse outros eventos”, recorda.
Sokol, como é conhecido, é lembrado por incontáveis registros de casamentos, batizados, eventos políticos e muito mais. Ele transitou do modismo dos quadros dos filhos com sete expressões diferentes, rindo e chorando, que enfeitavam várias salas de estar, ao contemporâneo e ao moderno. Fotos preto e branco e as coloridas (que surgiram em 1965).
A fotografia é, para ele, antes de tudo, um testemunho.
“Em 1990 abri o meu estúdio e me dediquei por quase 30 anos, exclusivamente, à fotografia. Desde sempre procurei o melhor; ou seja, o melhor equipamento, o melhor atendimento, melhor aperfeiçoamento. Participei de inúmeros congressos, workshops e seminários. Em um desses congressos que aconteceu em São Paulo eu conheci um fotógrafo (que também era um dos palestrantes) e me encantei com o seu trabalho. Seu nome, Mark Ridout, fotógrafo canadense, o qual possui um talento gigantesco, foi nele que me inspirei fotograficamente”, compartilha.
Formado em Administração de Empresas, Sokol viu na fotografia a oportunidade de contar histórias das pessoas, se utilizando de uma leitura sensível e poética, compartilhando o sentido e os efeitos das escolhas e os caminhos trilhados ao longo da vida.
“Não existe uma foto marcante na minha carreira, pois foram muitas. Mas a maior emoção era ver quando o cliente recebia o seu álbum e chorava de emoção; isso não tinha preço”, revela.
Desde que a fotografia foi inventada, há quase dois séculos, ela é muito citada por aqueles que seguiram os passos dos seus precursores. É o caso de Sokol, que escolheu essa forma de arte para viver, adotando-a como profissão.
Afinal, por onde anda Sokol?
Atualmente é Instrutor de Ensino profissionalizante no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de União da Vitória, com atuação na área de Gestão e também nos cursos de fotografia.
“Ainda faço esporadicamente alguns trabalhos fotográficos”, complementa.
Nascido em 11 de julho, o reconhecido profissional da fotografia é casado com Cleia Sokol, com quem tem duas filhas, Juliana e Gabrielle. É natural de União da Vitória, cidade a qual divide suas alegrias até os dias atuais.
“Morei por um pequeno período de tempo em Ponta Grossa (PR) em decorrência de um curso que fiz quando ainda trabalhava na extinta Telepar”.
PING PONG
Quais os ingredientes para um futuro próspero
no mercado da fotografia?
Hoje em dia a fotografia mudou muito. Os equipamentos são fantásticos, mas para que se tenha sucesso precisa-se de muito talento, dedicação e amor a arte.
Quais os seus planos?
Continuar produzindo belas imagens. Acompanhar o sucesso profissional e pessoal de minhas filhas e viver com saúde.
Outro hobby, além da fotografia?
Sim e que talvez se torne um negócio futuramente: a fabricação de cervejas artesanais. Comecei há dois anos.
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