Bares e restaurantes catarinenses apostam na redução do ICMS para voltar crescer
A proposta da Alesc que diminui a alíquota do ICMS catarinense de 7% para 3,2% para alimentos e bebidas quentes foi recentemente vetada pelo governador Carlos Moisés e desagradou o setor de bares e restaurantes, um dos mais atingidos pela pandemia do Covid. A entidade representativa da categoria, Abrasel reclama a falta de sensibilidade do Executivo estadual em ouvir o setor e diz que aqui tem uma das mais altas cargas tributárias do país, para gastronomia e entretenimento e que, durante a pandemia os produtos sofreram aumento, em especial bebidas destiladas e vinhos e espumantes. Eles avaliam que a retirada da penalização tributária vai estimular o crescimento das empresas e estimular novos investimentos, o que gera mais empregos. A Alesc derrubou o veto na comissão de Constituição e Justiça e decide no plenário o futuro da alíquota. No país o setor emprega mais de seis milhões de pessoas e representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Hoje a Abrasel representa o setor que emprega um em cada 12 brasileiros – cerca de 8% da força de trabalho. Com bares e restaurantes nos 5.570 municípios brasileiros, o setor congrega um milhão de negócios. Já o hábito de comer fora de casa só aumenta e no último levantamento feito pelo IBGE, correspondia a 31,1% de todo gasto dos brasileiros com alimentos. A pandemia trouxe alguns desafios para a atividade econômica, em especial com a mão de obra. Levantamento realizado em janeiro último – com mais de 1300 empresários em todo o Brasil – apontou que 76% dos estabelecimentos tiveram pelo menos um afastamento de funcionários contaminados por Covid ou Influenza nos 30 dias anteriores à pesquisa. E, em média, quase um em cada quatro funcionários, ou seja, 24% da força de trabalho, foi afastado por Covid neste período.
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