União da Vitória: “cidade de mil rostos num tronco só”
Matéria que elaborei (mas que nunca foi publicada) em março de 2018 quando União da Vitória completou 128 anos, quase quatro anos antes da inauguração da nova ponte sobre o Rio Iguaçu, que liga o centro ao distrito de São Cristóvão. Nela, destaco os pontos principais da cidade.
O monumento do Centenário
Na foto, o monumento do Centenário, inaugurado em 1989, na gestão do saudoso prefeito Mário Riesemberg, 31 anos atrás. O monumento idealizado em concreto, com doze metros de altura, representa o vau do Iguaçu e a principal riqueza econômica da região: o Pinheiro. Obra do artista união-vitoriense Ivahy Detlev Will.
Localiza-se na entrada da cidade, bem próximo da Ponte Domício Scaramella. E nele, a frase que eterniza a nossa história: “Cidade de mil rostos num único tronco. Assim eu te considero. Assim eu te quero”. (Jorge Wil).
Morro do Cristo
Localizado no ponto culminante de um dos mais altos morros que cercam o município, a 928 metros acima do nível do mar, está a estátua do Sagrado Coração de Jesus, Padroeiro do Município, inaugurada em 1968. Com 27 metros de altura, fixada em um pedestal de 6 metros, e podendo ser acessada por uma escadaria de 219 degraus, todos em concreto, oferece uma magnífica vista das “cidades irmãs” do Iguaçu que se espraiam por entre montanhas, compondo a paisagem típica desta região do Paraná e Santa Catarina. Foi construída na gestão do saudoso prefeito Domício Scaramella.
Estação Ferroviária
Considerada uma obra artística de arquitetura, constitui-se de dois corpos iguais, um em União da Vitória e outro em Porto União, ligados de modo a formar uma grande abóbada em arco.
Foi construída em 1942 para servir dois Estados – Paraná e Santa Catarina. A Estação Ferroviária “União” simboliza a união das cidades irmãs de União da Vitória e Porto União e dos Estados do Paraná e de Santa Catarina.
+ Histórias do Vale do Iguaçu na coluna Uma Visita ao Passado
No lado paranaense, como patrimônio histórico, está sendo utilizada pelos segmentos culturais e históricos, mas do lado catarinense inadequadamente pelo Poder Legislativo Municipal.
Maria Fumaça
Construída em 1913, nos Estados Unidos, a Maria Fumaça serviu à Rede Viação Paraná Santa Catarina (RVPSC). Doada à cidade de União da Vitória em 1973, a Maria Fumaça foi mantida por vários anos como um monumento, na Praça Visconde de Nácar, símbolo marcante da era ferroviária, mas transferida para a Estação Ferroviária posteriormente.
Ficou em exposição na Praça do Contestado, bem na divisa das cidades irmãs e dos estados do PR e SC, sofrendo as consequências do tempo, sem a necessária proteção.
A Prefeitura de União da Vitória transferiu a responsabilidade da 310 ao Instituto Cultural Grünenwald. Está sendo recuperada e deve em breve ser a principal atração do projeto “Trem das Etnias”.
Ponte Manoel Ribas
Construída sobre o rio Iguaçu, no final da Avenida Manoel Ribas, a Ponte inaugurada em 1944 é a primeira ponte rodoviária da cidade. Também conhecida como Ponte Nova ou Ponte dos Arcos.
Era a única ponte de acesso à cidade, mas com a construção da Ponte Domício Scaramella acabou aliviada do intenso tráfego que tinha nela a única entrada e saída da cidade com destino ao Sul e ao Norte do País.
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No início da década de 90 do século passado alguns reforços importantes foram realizados em sua estrutura. É uma ponte que, mesmo tendo sido construída em local inadequado, não deixa de ser uma grande atração e que deve ser preservada.
Praça Coronel Amazonas
É a principal praça da cidade, onde, no seu entorno, foram construídos os primeiros prédios: o Palácio Municipal, a Igreja Matriz (agora Catedral) e o Grupo Escolar Professor Serapião. E nela está o busto que homenageia o fundador da cidade, Coronel Amazonas de Araújo Marcondes.
Inaugurada na gestão do prefeito José Cleto – 1947/1951 – a Praça Coronel Amazonas, principal logradouro público de União da Vitória, passou por processo de revitalização na gestão na Santin Roveda/Bachir Abbas.
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