Deputados buscam saída para dívida do Hospital Regional de Chapecó
Com prejuízo mensal de R$ 4 mi, o Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira, de Chapecó, ganhou destaque na sessão de quarta-feira, 04, da Assembleia Legislativa, ocasião em que membros da Bancada do Oeste anunciaram que buscarão o apoio do Executivo. “Recebi a direção do Hospital e ouvi um relato, junto com o deputado Altair Silva (PP), que nos deixou preocupados. Solicitamos uma audiência ao governador, falei com o secretário de Saúde, que já conhece a situação. O hospital merece a atenção de parte da bancada, que tem 15 deputados, devemos tratar desse assunto, é um hospital de porta aberta”, defendeu Valdir Cobalchini (MDB). O atual coordenador da Bancada do Oeste informou que o prejuízo mensal é de R$ 4 mi e que a receita própria do hospital é pequena, uma vez que 90% dos atendimentos são feitos pelo SUS. “A tabela SUS não é atualizada há muitos e muitos anos, o que transforma a atividade de gestor de hospital em uma atividade muito desafiante”, reconheceu Cobalchini. Moacir Sopelsa (MDB), presidente da Casa, apoiou a iniciativa. “Nenhum hospital vai se sustentar atendendo 90% SUS, a média é 60% SUS, 40% privado. Os gestores abriram as contas e de fato enquanto tivermos atendimento de casos especiais, como fratura, que fica às vezes um mês internado e a remuneração não chega a ser R$ 400, não tem condições de um hospital sobreviver. Vamos estar todos unidos, os 15 deputados, é o maior hospital do Oeste”, declarou Sopelsa. A Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira mantém, além do HRO, o Hospital da Criança de Chapecó e o hospital de Coronel Freitas. Sobre o HRO, o déficit mensal seria algo em torno de R$ 5 milhões, oscilando mês a mês, dependendo da produtividade em relação a convênios e particulares. O Hospital Regional do Oeste atende 94% pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
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