Vale do Iguaçu tem pouco menos de 90 mil habitantes, segundo IBGE

88.003. Esse é o número de habitantes do Vale do Iguaçu segundo o Censo 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na quarta-feira, 28. O número é inferior ao projetado pelo instituto em 2020, que previa que União da Vitória e Porto União teriam 93.456 habitantes. A diferença é de pouco mais de 5,4 mil.

Em relação ao Censo 2010, União da Vitória apresentou aumento de 4,36% em sua população, passando de 52.735 para 55.033. Já Porto União registrou recuo populacional de 1,56%, visto que em 2010 a população estimada era de 33.493 e no censo atual, o número caiu para 32.970.

Das 19 cidades que formam a Associação dos Municípios Sul Paranaense (Amsulpar) e Associação dos Municípios do Planalto Norte (Amplanorte), nove registraram aumento populacional, sendo elas Paula Freitas (4,27%), São Mateus do Sul (2,67%), União da Vitória (4,36%), Canoinhas (4,24%), Itaiópolis (8,62%), Mafra (4,49%), Monte Castelo (3,91%), Papanduva (5,92%) e Três Barras (8,92%).

Entre as dez cidades com recuo populacional na região, General Carneiro foi a que registrou maior diminuição, passando de 13.669 habitantes em 2010 para 11.062 atualmente, uma queda de 19,07%. As outras cidades que “perderam” habitantes foram Antônio Olinto (-4,53%), Bituruna (-3,5%), Cruz Machado (-11,43%), Porto Vitória (-11,39%), Paulo Frontin (-6,83%), Bela Vista do Toldo (-2,2%), Irineópolis (-1,43%), Major Vieira (-0,72%) e Porto União (-1,56%).

As variações populacionais podem ser justificadas por diversos fatores como diminuição na taxa de natalidade, movimentos migratórios, aumento da taxa de mortalidade, envelhecimento da população, entre outros.

Fonte: IBGE


Maiores populações da região

União da Vitória ultrapassou Canoinhas e é agora a cidade com a segunda maior população entre os 19 municípios da Amsulpar e Amplanorte, atrás apenas de Mafra. Em 2010, União da Vitória contabilizava 44 habitantes a menos que Canoinhas; segundo o Censo 2022, agora a cidade paranaense possui 17 habitantes a mais que a catarinense. A diferença de Mafra para União da Vitória passou de 177 para 253 habitantes.

A cidade com maior taxa anual de crescimento populacional foi Três Barras (0,71%), seguida por Itaiópolis (0,69%), Papanduva (0,48%), Mafra (0,37%), União da Vitória (0,36%), Canoinhas e Paula Freitas (0,35%), Monte Castelo (0,32%) e São Mateus do Sul (0,22%). Três Barras e Itaiópolis registraram taxa de crescimento maior que a nacional, que ficou na casa dos 0,52%.

As cidades com taxa de crescimento negativa foram General Carneiro (-1,75%), Cruz Machado (-1,01%), Porto Vitória (-1%), Paulo Frontin (-0,59%), Antônio Olinto (-0,39%), Bituruna (-0,3%), Bela Vista do Toldo (-0,19%), Porto União (-0,13%), Irineópolis (-0,12%) e Major Vieira (-0,06%).

Fonte: IBGE


O mais populoso do sul

O Censo 2022 mostrou mudanças no cenário populacional da região sul; agora o Paraná é o estado mais populoso, com 11.443.208 de habitantes, seguido por Rio Grande do Sul, com 10.880.506 de habitantes e Santa Catarina, com 7.609.601 de habitantes. O Paraná é agora o quinto estado mais populoso do Brasil.

Em crescimento anual, o destaque é Santa Catarina, com taxa de 1,66%, a segunda maior do país. Apenas Roraima teve maior taxa de crescimento populacional anual (2,92%). A taxa paranaense foi de 0,76%, a décima maior do Brasil. A do Rio Grande do Sul foi de 0,14%.

No geral, 15 estados tiveram taxa de crescimento superior à nacional, sendo eles os já citados Roraima, Santa Catarina e Paraná, além de Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,36%), Acre e Amazonas (1,03%), Mato Grosso do Sul (0,99%), Amapá e Distrito Federal (0,76%), Tocantins (0,74%), Espírito Santo (0,73), São Paulo (0,62%), Pará (0,57%) e Sergipe (0,55%).


 

IBGE aponta que Brasil cresceu menos que o esperado

A população brasileira é de 203.062.512, aumento de 6,5% em relação ao Censo 2010. A expectativa do IBGE, segundo projeções, era de que o Brasil tivesse cerca de 214,3 milhões de habitantes, fato que não se concretizou. A taxa de crescimento anual de 0,52% também chamou a atenção. Essa foi a primeira vez desde 1872 em que a taxa ficou abaixo de 1%.

Segundo projeções das Organizações das Nações Unidas (ONU), a expectativa é que o Brasil continue registrando aumento da população nas duas próximas décadas, pelo menos. Por volta da década de 2050, as projeções mostram que a população do país deve entrar em declínio após alcançar algo próximo dos 260 milhões. A ONU também estima que a partir de 2050 o número de óbitos comece a superar o número de nascimentos no país, contribuindo para a diminuição da população.

Mundialmente, a ONU estima que a população possa passar da casa dos 12 bilhões em 2100. Alguns anos antes, entre as décadas de 2080 e 2090, a taxa de óbitos deve superar a de nascimentos.

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