A resistência no Senado ao advogado-geral da União, André Mendonça, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) já faz o presidente Jair Bolsonaro refazer os cálculos para sua indicação. Sem garantia de que Mendonça será aprovado pelos senadores, Bolsonaro avalia apresentar apenas em agosto o nome para substituir o decano Marco Aurélio de Mello, que se aposenta em 12 de julho, quando completa 75 anos.

Segundo O Globo, interlocutores do governo avaliam que Mendonça não conseguiu convencer senadores de que, uma vez empossado no STF, manteria pontes sólidas com a classe política, tampouco adotaria uma postura garantista (com tendência pró-réu), como sonham os parlamentares, vários deles alvo de processos em curso na Corte. Há reclamações também de que o advogado-geral da União é muito reservado e que tem pouco traquejo político. Observam ainda que o ministro nunca buscou uma aproximação com o Senado.

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