Fiesc cobra banco de projetos para Santa Catarina
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, abriu a reunião que apresentou a Agenda Estratégica da Indústria para Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense 2022 com uma cobrança: a criação de um banco de projetos intermodais que possam atender às demandas da produção do estado, minimizar os custos operacionais e garantir mais competitividade, sobretudo no comércio internacional. O evento, realizado na tarde desta segunda-feira, 06, em Florianópolis, apresentou uma radiografia das necessidades catarinenses. Pelo documento, o estado demanda R$ 18,5 bilhões até 2025 para manter e ampliar a infraestrutura de transporte nos modais rodoviário (R$ 14,4 bilhões), ferroviário (R$ 928,7 milhões), aeroviário (R$ 1,28 bilhão), dutoviário (R$ 400 milhões) e aquaviário (R$ 1,5 bilhão). Dos R$ 18,5 bilhões, R$ 5,6 bilhões são relativos a investimentos federais, R$ 4 bilhões estaduais, R$ 200 milhões municipais e R$ 8,7 bilhões privados. “Santa Catarina precisa de um banco de projetos para atrair investimentos privados, entendemos que pelas restrições fiscais do país o governo não tem como fazer todos os investimentos necessários”, disse Aguiar. O presidente da Fiesc repercutiu a informação passada com exclusividade à coluna pelo deputado Moacir Sopelsa (MDB), na entrevista publicada no final de semana, da existência de projeto de ferrovia ligando Chapecó a Ponta Grossa (PR), que levaria o escoamento da produção catarinense para o Porto de Paranaguá. “Nós entendemos que é importante trazer o milho para o nosso agronegócio, mas é importante escoar pelo nosso estado, já que temos portos extremamente eficientes. Somos o segundo estado em movimentação de container do Brasil. Precisamos continuar a ser atendidos pelos nossos portos e me parece que essa ferrovia vai fazer exatamente o contrário. Vai levar a nossa carga produzida no Oeste para o Porto de Paranaguá, lembrando que, cada contêiner movimentado, independente da carga, gera na economia mais de 1 dólar por contêiner ”, destacou.
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