Gás Natural: SC quer maior fornecimento e menor custo
O governador Carlos Moisés (sem partido) e o presidente da SCGÁS, Willian Anderson Lehmkuhl, embarcaram para o Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 13, numa missão especial: cumprir agenda na Petrobras, atual supridor de gás natural em Santa Catarina. Nesta segunda-feira, 16, eles terão reunião no Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília. A agenda tem o objetivo de discutir com os órgãos possibilidades para a ampliação do suprimento no Estado, considerando a crescente demanda do mercado, principalmente o industrial, e as limitações atuais do Gasoduto de Transporte Bolívia-Brasil (Gasbol). Outro ponto que será discutido é a recente perda de competitividade das tarifas de Gás Natural catarinense em relação ao mercado de São Paulo, por exemplo, que compete especialmente com as indústrias do setor cerâmico. O Gás Natural comercializado pela Petrobras é mais barato para o mercado paulista, o que pode enfraquecer o setor cerâmico em Santa Catarina.
O contrato atual de suprimento com a Petrobras prevê a aquisição de 2,08 milhões de m³/dia de gás natural, com possibilidade de distribuição de mais 5% da quantidade contratada. O Gasbol, que abastece o Estado, atingiu seu limite de capacidade na zona dos pontos de entrega de Biguaçu até Nova Veneza na Região Sul catarinense. Essa limitação acontece devido à diminuição do diâmetro e porque a região consome grandes volumes de Gás Natural, puxado principalmente pelas indústrias do segmento cerâmico. Atualmente, o Gás Natural atende 324 indústrias em SC, responsáveis por 50% do PIB industrial do Estado. Até 2025, a SCGÁS projeta investir mais de R$ 457 milhões para construir 507 novos quilômetros de rede. Para não afetar o abastecimento, em especial do Sul catarinense, foi realizada uma Chamada Pública e contratado suprimento adicional de GNL (Gás Natural Liquefeito) vindo da Argentina.
Voltar para matérias