Na COP 26, Moisés defende “transição energética justa” e convida europeus
O governador de Santa Catarina defendeu o desenvolvimento de uma transição energética justa, com base na sustentabilidade social, para atender a milhares de famílias que vivem da exploração do carvão no Sul do Estado e que precisam de alternativas viáveis para manter suas vidas, diante da perspectiva do fim de uma economia forjada à base da busca de um combustível fóssil há mais de 100 anos. A fala aconteceu durante a sua participação na COP 26, a Conferência Mundial do Clima, organizada pela ONU, em Glasgow, na Escócia. Carlos Moisés participou do painel chamado “Governadores pelo Clima”, ao lado de colegas ou representantes de outros nove estados brasileiros. Todos integram o “Consórcio Brasil Verde”, iniciativa que já conta com a assinatura de 22 estados. Numa fala de pouco mais de seis minutos, num dos espaços secundários da COP, Moisés fez um histórico da exploração do carvão em SC, lembrando que a ação começou por iniciativa de uma empresa britânica, que só depois verificou que a qualidade não era a esperada. Na sequência, o governador lembrou da iniciativa estatal, no governo de Getúlio Vargas, a partir da criação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Todo esse histórico serviu de base para dizer que depois de um século de exploração, o carvão movimenta cerca de R$ 6 bilhões ao ano e gera aproximadamente 21 mil empregos. Para reforçar o entendimento, ele fez um convite ao parlamento europeu para que venha conhecer de perto a realidade do Sul do Brasil. Moisés ainda adiantou que ações estão sendo feitas no estado no caminho desta “transição justa” e citou investimentos em Garuva na ordem de R$ 2,5 bilhões em gás natural e a conversão de carvão para gás natural de uma das usinas do Complexo Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. O governador falou ainda sobre investimentos para a criação de um corredor de abastecimento de carros elétricos, a ser construído em paralelo à rodovia BR-101, que ligue os estados do Sul.
Voltar para matérias