Santa Catarina começa a viver novo momento da pandemia

O governador Carlos Moisés anunciou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 31, em Florianópolis, a renovação do decreto de emergência em saúde, que valia até esta data. A ação faz parte do processo de volta à normalidade em função da melhora do cenário epidemiológico e do avanço na vacinação. Santa Catarina encerra o período de calamidade pública com a menor taxa de letalidade para a doença no país – 1,3% contra 2,2% na média nacional. Atualmente, são 4,2 mil casos ativos para o novo coronavírus – no pico, em 29 de janeiro deste ano, foram mais de 80 mil. Na prática, a medida significa um retorno ao velho normal. O Centro de Operações em Emergências em Saúde (COES), por exemplo, deixa de existir. O órgão deu suporte técnico às decisões tomadas pelos gestores públicos no enfrentamento à pandemia.

O chefe do Executivo estadual também fez um balanço dos dois anos de enfrentamento até aqui. “O fechamento foi necessário para que nós pudéssemos estruturar a nossa rede de saúde. Nós também fomos o primeiro estado a reabrir, para nunca mais fechar. Agora, chegou o momento de darmos mais esse passo em direção à normalidade”, destacou Moisés. Ainda em junho de 2020, Santa Catarina teve a sua gestão à frente da pandemia reconhecida como a melhor do Brasil pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também deu nota 10 ao estado por conta da criação e incorporação de mecanismos de enfrentamento à pandemia. O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, que deixa o cargo para se candidatar a deputado estadual destaca a estruturação da rede pública como um dos legados da pandemia. Santa Catarina iniciou o combate à pandemia com 546 leitos de UTI adultos. Até dezembro de 2021, o crescimento foi de 182%, para um total de 1.543.

Foto: Julio Cavalheiro/Secom

Ao enaltecer o trabalho dos profissionais da saúde, Carlos Moisés ressaltou a importância das parcerias para os resultados atingidos. “Tudo o que o governo faz depende de parcerias. Não teríamos esses resultados na pandemia se não tivéssemos parceiros, como o setor produtivo, municípios, secretarias, hospitais, o Ministério da Saúde, forças de seguranças e o esforço dos brasileiros para dar resposta. Agradeço a todos que se empenharam no enfrentamento da Covid-19, diante desta grande dificuldade que o mundo passou.”

Política Hospitalar

Criada antes mesmo da pandemia, em 2019, a Política Hospitalar Catarinense exerceu um papel fundamental no combate à Covid-19. Os repasses às unidades filantrópicas passaram a ter um critério técnico, variando conforme o tamanho do hospital. Em 2019, foram aportados R$ 190 milhões. Esse número saltou para R$ 275 milhões em 2020 e R$ 312 milhões em 2021. Para 2022, a estimativa é de um repasse de R$ 654 milhões.

Vacinação

Atualmente, são mais de 14 milhões de doses aplicadas: 90% da população elegível já recebeu a primeira dose; 83% tem o ciclo vacinal completo e 74% das pessoas acima de 60 anos já receberam a dose de reforço. Além disso, os municípios estão autorizados a aplicar a quarta dose para os idosos com mais de 80 anos. “A vacina permanece como a principal arma para evitar as formas graves da doença” ressalta o agora ex-secretário da Saúde, o secretário André Motta Ribeiro.

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