SC tem aumento expressivo de casos de dengue
Desde o início do ano, Santa Catarina vem registrando um aumento expressivo nos casos de dengue. Semanalmente, sempre às sextas-feiras, um boletim epidemiológico é divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), apresentando o cenário estadual da doença. “Os dados do boletim epidemiológico utilizam as informações oficiais inseridas no sistema de informação. Assim, é importante que os municípios insiram nesse sistema os dados dos casos suspeitos e confirmados. Até agora, SC já registra 16 municípios em epidemia de dengue e a transmissão da doença é registrada em 51 municípios do estado”, alerta Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive/SC.
Foram registrados até agora 5.478 casos de dengue no estado, sendo que 4.156 (76%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense. No total, já foram confirmados oito óbitos pela doença e nove permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.
Os oito óbitos por dengue confirmados no ano de 2022 residiam nos municípios de:
Criciúma (01 – importado)
Brusque (01)
Caibi (01)
Chapecó (02)
Itá (01)
Romelândia (01)
Xanxerê (01)
Os nove casos em investigação residiam nos municípios de:
Ascurra (01)
Blumenau (01)
Chapecó (01)
Guaraciaba (01)
Joinville (01)
Maravilha (01)
Palmitos (01)
Seara (02)
Como acontece a transmissão
– A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus.
– Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro e 10 dias.
– Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
– Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
– Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.
Centro Integrado é formado para combater à doença
O Governo do Estado instituiu esta semana o Centro Integrado de Enfrentamento à Dengue que tem a missão de definir uma série de ações para prevenção da doença no Oeste do estado.
Participaram do encontro desta semana diversos setores do governo do estado e também autoridades e representantes dos municípios: Coordenadores da Comissão Intergestores Regional (CIR) Oeste, Extremo Oeste e Xanxerê; Gerentes Regionais de Saúde e equipes técnicas das Gerências de São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê e Concórdia; Defesa Civil; Gerência Regional de Educação; representantes dos municípios de Chapecó e Concórdia; Corpo de Bombeiros; Rotary, e, representantes dos hospitais de Xanxerê e Chapecó.
Além disso, na quarta-feira, 6 de abril, foi realizada uma reunião com o Secretário de Estado da Saúde em Chapecó, com os Prefeitos e Secretários Municipais de Saúde dos municípios em condição de epidemia, para pactuação das ações a serem intensificadas pelos municípios, que envolvem o controle vetorial, o manejo clínico e a vigilância dos casos suspeitos.
“É de fundamental importância neste momento a adoção de medidas preventivas para estancar a proliferação do vetor, por isso a criação de salas de situação e a recomendação de decreto de situação de emergência nos municípios que se encontram em epidemia. Além disso, é preciso construir uma força-tarefa robusta na contenção da dengue no estado”, destaca o secretário de Estado da Saúde interino, Alexandre Lencina Fagundes.
A partir de agora, os integrantes do Centro Integrado se reunirão semanalmente. Ficou pactuado que os municípios serão responsáveis por implementar e operacionalizar as ações pactuadas, reportando os dados e as dificuldades para o Centro Integrado. “O principal objetivo neste momento é diminuir a velocidade da transmissão e evitar mais óbitos por dengue”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive/SC.