É URGENTE MUDARMOS DE ATITUDE CONTRA O TERROR

Escolas deveriam ser considerados lugares sagrados.

Creches e centros de educação infantis então, poderiam ser alçados rapidamente à condição de templos absolutamente invioláveis, além de sacros.

E nesta nova situação, quem sabe, qualquer atentado às pessoas ou às instalações tangeriam nas mais severas e amplas punições àqueles que perpetrarem. Quiçá não apenas aos perpetradores, mas aos seus bens, ativos e extensivamente quem sabe até familiares.

Já passou da hora de discutirmos com coragem novas abordagens e punições, com visão moderna e vanguardista sobre estes tempos sombrios em que as mídias sociais e plataformas de comunicação instantânea passaram a ter papel fundamental na instrução, fomento, organização e planejamento de atos bárbaros por indivíduos e grupos.

Também em sua exposição e transformação em espetáculo, instigando e incentivando inclusive sua repetição.

Até quando seguiremos assistindo passivamente episódios sucessivamente trágicos, bárbaros e com consequências tão severas a tantas famílias; imóveis e consternados. Não é possível seguirmos aceitando desculpas e explicações teóricas para atos inomináveis e abomináveis, contra crianças e pessoas absolutamente indefesas; sob a retórica simplista de direitos humanos.

Não é possível que sejamos afrontados e obrigados a conviver com monstros que cometem as mais diversas atrocidades, depois de uma ou duas décadas relativamente afastados da sociedade em prisões, celas e outros locais de restrição. Vítimas, familiares, parentes e amigos jamais deveriam ser colocados na posição de conviver com seus algozes novamente.

A sociedade não aguenta mais tanta tolerância. É preciso impor limites, é preciso responsabilização.

“A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles”, escreve Karl Popper em seu livro “A Sociedade Aberta e Seus Inimigos”, de 1945.


NOTA DA REDAÇÃO

Os veículos integrantes do Grupo Verde Vale de Comunicação (CBN Vale do Iguaçu, FM Verde Vale, Jornal O Comércio e Portal Vvale) em sintonia com as melhores práticas do jornalismo, e; em virtude do massacre ocorrido em Blumenau (SC), alteram e registram o avanço de sua política de cobertura de casos como este.

Com o objetivo principal de não dar fama a assassinos e assim não contribuir para inspirar novos fanáticos, o nome e a imagem de autores de ataques não serão publicados.

Também não serão divulgados vídeos ou áudios dos ataques.

Visibilidade é um prêmio para os agressores, por menor que seja. Também por isso, as recomendações mais recentes de especialistas no tema sugerem não dar visibilidade aos agressores para não servir como estímulo a novos ataques.

Nossa cobertura jornalística deverá focar apenas no fato, jamais no agressor. Além disso, não divulgaremos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado “efeito contágio”.

Por fim, deve-se proteger e respeitar o momento delicado que familiares e seus afetos estão passando, evitando entrevistas e relatos que explorem a dor dos atingidos direta ou indiretamente pelos massacres.

Ao adotar tais procedimentos, o Grupo Verde Vale de Comunicação espera, humildemente, contribuir com a construção de uma sociedade mais pacífica e humana.

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