EDITORIAL: A lição de Joe Biden para a política brasileira

A desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição é um gesto que merece ser destacado em um cenário político cada vez mais complexo. Os adversários pregam que ele foi desistido.

Em sua carta, Biden expressou que, embora tivesse a intenção de buscar um novo mandato, acredita ser do melhor interesse do seu partido e do país que ele se retire, permitindo que um candidato mais competitivo assuma a vaga, neste caso, Kamala Harris, sua vice-presidente.

Essa decisão pode refletir uma maturidade política e um compromisso com o bem-estar da nação, ao reconhecer que a continuidade de sua candidatura poderia não ser a melhor escolha para os Estados Unidos neste momento.

A disposição de Biden, mesmo como presidente da maior democracia mundial em abrir espaço para novos líderes, pode ser um sinal positivo em um país que frequentemente se vê preso a dinâmicas de poder estabelecidas. Além disso, essa situação levanta uma questão crucial sobre a seleção de candidatos pelos partidos políticos.

À medida que a velocidade da informação e o escrutínio público aumentam, é fundamental que os partidos escolham candidatos mais robustos e preparados para os pleitos eleitorais. O nível de exposição aumenta exponencialmente a cada novo pleito e se esconder, ou esconder pontos fracos; é cada dia mais difícil e será.

A população está mais exigente e espera líderes que não apenas compreendam os desafios contemporâneos, mas que também possuam a capacidade de enfrentá-los com eficácia.

A escolha de candidatos deve e deverá ser pautada, eleição após eleição, por critérios mais rigorosos e de propósitos mais elevados, que considerem não apenas a popularidade momentânea, mas também a habilidade de governar e atender às necessidades da sociedade.

A responsabilidade dos partidos e de seus comandantes é garantir que seus representantes sejam verdadeiros defensores dos interesses públicos, prontos para lidar com as expectativas crescentes da população.

Tudo isso sem contar os caixas enfraquecidos, dívidas, aspectos corporativos, legislativas, judiciais, trabalhistas, sindicais entre outras.

De qualquer forma, neste domingo, dia 06, vote bem, vote tranquilo. Não esqueça que o voto é secreto e que vença o melhor.

Possui alguma sugestão?

Clique aqui para conversar com a equipe de O Comércio no WhatsApp e siga nosso perfil no Instagram para não perder nenhuma notícia!

Voltar para matérias