Em audiência pública, Hussein Bakri destaca ações para reforçar segurança nas escolas do paraná
Sem exaltar o pânico e com muita responsabilidade para buscar alternativas, a Assembleia Legislativa reuniu nesta semana especialistas, pais, professores, representantes da Educação, da Segurança Pública e da sociedade civil para tratar de mais proteção nas escolas do Paraná. O tema foi tratado em audiência pública promovida pela Comissão de Educação, que é presidida pelo deputado Hussein Bakri (PSD).
“O objetivo foi trazer os atores que compõem esse cenário da segurança pública e da educação, envolvidos diretamente para debater da forma mais técnica possível. Nós esperamos um tempo para não tripudiar sobre a tragédia. Não é um debate político. Nos preocupa, preocupa os pais e temos que estar atentos e vigilantes a cada momento. Sem criar nenhum pânico, mas com muita responsabilidade, porque esse problema não acabou. Pudemos conhecer mais a fundo a realidade dos nossos colégios e, a partir daí, iremos planejar de que forma a Assembleia vai auxiliar nesse processo, seja por meio de projetos de lei ou da destinação de recursos de emendas parlamentares para investimentos”, afirmou Bakri.
Participaram da audiência os secretários de Segurança Pública, coronel Hudson, e de Educação, Roni Miranda, que chefiam as pastas ligadas a uma preocupação generalizada na sociedade. Que aumentou após os ataques neste ano, deixando uma professora em São Paulo e quatro crianças mortas em uma creche em Blumenau (SC).
No evento, foram mostradas ações já tomadas no Paraná após os últimos incidentes e o papel da Assembleia para desenvolver mais ações de prevenção e proteção. “A PM, de forma imediata, reforçou a policiamento com 5.600 policiais nas escolas públicas e particulares. A Polícia Civil passou a acompanhar todas as redes sociais com o objetivo de minimizar ameaças. O Paraná fez de tudo para que, nesse período de crise, garantíssemos a segurança. As ações incluem receber esse adolescente, essa família, para ver qual o problema social, de violência e bullying que precisa de atenção. E para serem monitorados, buscando a causa e o atendimento”, explicou o coronel Hudson. Ele revelou que também houve a ativação do gabinete de Gestão de Crise no Centro Integrado de Comando e Controle Operacional, em Curitiba, com representantes de diversos setores, trabalhando em conjunto para o enfrentamento nos dias iniciais pós-ataques.
“O governo investiu em um grande pacote de ações, como o reforço do policiamento ostensivo das escolas e, especialmente, no treinamento de professores, que será concluído em todas as 2.100 escolas. Algumas ações já eram feitas e foram aceleradas”, detalhou o secretário de Educação. Além disso, ele citou o aporte de R$ 20 milhões para compra de equipamentos e criação de um botão de segurança para ser usado em casos extremos. Também está em andamento a contratação de psicólogos para atendimento, além da ampliação do Escola Segura e o diálogo com o Governo Federal para mais ações neste sentido.
Dia D
O secretário Roni Miranda comemorou ainda a volta da normalidade na frequência escolar no Paraná, comprometida após os últimos ataques. “Semana passada foi um caos, especialmente na quinta-feira (20), quando várias informações circulavam pelas redes sociais”, comentou.
O coronel Hudson revelou que, no mesmo dia, vários delegados e investigadores da Polícia Civil foram por iniciativa própria a diversas unidades para ministrar palestras e participar de atividades, “mostrando que a escola é o ambiente mais seguro para as nossas crianças”.
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