Artigo: “A democracia precisa ser respeitada”
Existem algumas definições para a palavra democracia. Em todas elas há uma unanimidade. Não há regime político melhor do que aquele em que a soberania é exercida pelo povo. Somos nós, cidadãos brasileiros, que temos o poder da escolha. Através do voto vamos eleger no próximo domingo, o Presidente da República, o representante do povo no cargo mais importante do país. Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva representam, respectivamente, a continuidade e a volta de um modelo de governar bastante conhecido. Há uma divisão extrema no Brasil entre os eleitores de Bolsonaro e Lula. Há também os que preferem se abster de votar, ou apertam o “branco” e o “nulo” justamente por não concordar com essa polarização. São acusados, injustamente, de “ficar em cima do muro”. Estamos em uma democracia, a escolha é livre.
Independentemente de qual lado você esteja, a partir de janeiro de 2023 o Presidente da República eleito de forma democrática assumirá o cargo para quatro anos no comando da nação. E a pergunta que se faz a partir desta constatação é a seguinte: haverá aceitação do lado oposto? Os bolsonaristas vão acatar o resultado das urnas em uma possível vitória de Lula? E os eleitores do ex-presidente petista irão reconhecer um eventual êxito de Bolsonaro? A divisão que se instalou no país terá interferência no mandato do presidente?
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A depender dos fatos presenciados nas últimas semanas, especialmente no ambiente digital, a oposição promete ser ferrenha.
E este quadro é resultado de uma campanha eleitoral vazia. Cada eleitor de Lula ou Bolsonaro colocou-se no seu território e literalmente se armou contra o oponente. A preocupação maior durante todo o processo eleitoral foram os ataques, a construção de estratégias que visaram, única e exclusivamente, desmoralizar o adversário. Esqueceram, ou não fizeram questão de lembrar, de discutir o que realmente importa para o Brasil. Há inúmeros desafios pela frente. A economia, as políticas sociais, a saúde dos brasileiros, as reformas necessárias, a segurança da população, o combate à fome, à desigualdade… Onde estão as propostas dos candidatos para pautas fundamentais? E a Educação, que sem dúvida é a base para a construção de um futuro melhor para o país?
Seguiremos, mesmo após o 30 de outubro, preocupados em não deixar que a polarização seja ao menos amenizada para que possamos caminhar em direção a um bem comum, que é o futuro do nosso país, ou permitiremos que a divisão siga atrasando e impossibilitando o crescimento do Brasil?
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