Celestino Glaab (PT) participa da sabatina O Comércio

Nesta edição, reproduzimos as propostas do candidato referentes à saúde e a prevenção e contenção de enchentes

O candidato à prefeitura de Porto União, Celestino Glaab (PT), participou da sabatina promovida pelo jornal O Comércio. Nesta página, reproduzimos um trecho da entrevista. O conteúdo na íntegra está disponível em https://www.youtube.com/@jornalocomercio.

Assista na íntegra 

Confira:

Jornal O Comércio (JOC): Quais são, na sua visão, os principais gargalos da área da saúde em Porto União?
Celestino Glaab (CG): Bem, os gargalos são a questão, por exemplo, da demora para ter consulta com especialista, e demora em obter exames e demora em cirurgias. Eu vejo que esses são os principais gargalos da saúde pública. Claro, tem essa questão de condição de trabalho, estrutura, outras coisas mais. Se eleito eu investirei na saúde. E é lógico que, onde moram as pessoas que mais precisam? Nos bairros, geralmente mais na periferia. Mas isso não quer dizer que eu não vá investir em todo o município, no interior do município também. População dos distritos São Miguel, Santa Cruz do Timbó, Maratá também, em outras comunidades do interior. A gente tem que pensar a política de saúde como um direito. E essa questão da transparência, porque não pensar um aplicativo do município? A população vai lá, pede, de repente cria-se, vai a fila de espera, verifica, olha a minha vez está chegando. Hoje com a tecnologia que nós temos.

Eu não vou nominar bairro especificamente, porque a demanda é grande. Mas pode ter certeza, onde moram a maioria dos trabalhadores, mais nas periferias, que é o foco principal. Porque a população, quanto mais pobre, mais tem dificuldade de pagar uma consulta particular, pagar um exame. E, com certeza, nós vamos fazer essa política. Outro aspecto que eu vejo uma dificuldade, por exemplo: o trabalhador vai com a sua família, alguém vai consultar de madrugada, final de semana, pega a consulta do médico, ele vai ter que comprar remédio. A farmácia do SUS não fica 24 horas aberta. Vamos implantar a farmácia 24 horas no SUS para que o trabalhador ou alguém, algum parente que precise, o remédio básico esteja lá. Porque senão, ele já ganha pouco, tem uma renda menor e ainda vai ter que comprar remédio, fica sem assistência. Então não é possível conceber que você chegue lá e não tenha o remédio. A pessoa está precisando, está com uma febre, precisa de um antibiótico, o que o médico receitar.

Vamos fazer um diagnóstico na saúde. Vamos reunir a parte da enfermagem, conversar com os médicos, fazer um diagnóstico. Como que está essa demanda reprimida de consultas com especialistas? De remédio? Quais são os que mais necessitam? Essa questão de exames, a questão de cirurgia. Pode ter certeza. Vamos fazer um diagnóstico, um levantamento. O que a gente propõe é fazer um mutirão na saúde. Como assim um mutirão? Nós vamos ver o recurso do município, recurso do governo federal, do governo Lula. Nós temos apoio do deputado federal Pedro Uczai, deputada Ana Paula, são interlocutores conosco até à presidência da república. E, se eu for eleito, com certeza esse ano já estarei articulando com esses deputados, junto ao governo Lula, projetos, emendas, mais recursos para fazer um mutirão para que essa população, que está há tanto tempo esperando por uma consulta com um especialista, um exame, uma cirurgia possa usufruir e pensar sua saúde, porque a saúde não pode esperar. O asfalto pode esperar mais tempo, mas a saúde em situações que não pode. É possível sim a gente trabalhar, fazer, investir mais na saúde. Eu sei que a demanda é grande, o município às vezes não vai dar conta de tudo, mas nós podemos melhorar muito a saúde pública.

JOC: No caso de uma nova cheia nos próximos anos, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o senhor tem algum plano de contingência? As possíveis cheias e novas enchentes estão na pauta do seu mandato?
CG: Eu trabalho em Geografia essa questão de mudanças climáticas, efeito El Niño, La Niña. Eu já fui flagelado. Quando trabalhava no Moinho Tupi, operário, eu morava no bairro Rocio, próximo a empresa Dissenha, e eu já sei o que é sofrer inverno, chovendo, será que saio ou não saio. Então, precisamos ter sim um plano de contingência. A Defesa Civil do município deve estar bem estruturada com profissionais, ter um plano. Nós precisamos saber quais são as áreas de enchente. A gente percebe mais o Santa Rosa, tem outros locais. Quantas pessoas atinge? Qual o nível do Rio que atinge tantas pessoas? E para onde a gente possa levá-las, ter esse plano. Mas não é só isso. Nós temos que pensar a política além disso.

Temos que discutir o plano diretor do município. Para onde expandir Porto União? Lugares, áreas fora de risco de enchente, risco de deslizamento e outras coisas mais. Ver o plano diretor do município, as áreas de ocupação do solo, áreas livres de enchente, para onde expandir a cidade. É preciso repensar as áreas de risco, a ocupação. Isso médio e a longo prazo. A gente sabe que as pessoas, quem mora ali, por mais que seja uma área de enchente ela tem um vínculo, não é fácil sair, mas tem muita gente que quer sair. Então tem que o poder público também repensar a ocupação do solo. Historicamente as nossas cidades não foram planejadas pensando essa questão da enchente. E todo o rio tem seu período de enchente. Infelizmente faltou planejamento desde a formação das nossas cidades. No passado, não se pensava assim. O povoado começou a beira do rio Iguaçu, mas depois fomos aprendendo. É preciso repensar a área de ocupação, fazer um planejamento, planejar a nossa Porto União. Retirar a população, pensar a longo prazo. Quem quer sair, ter uma oportunidade de construir em uma área livre de enchentes. Aí entra também as políticas públicas como o Minha Casa, Minha Vida para quem não tem condição.

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