Célio Tucano (PSDB) participa da sabatina O Comércio

Nesta edição, reproduzimos as propostas do candidato referentes à saúde e a prevenção e contenção de enchentes

O candidato à prefeitura de Porto União, Célio Tucano (PSDB), participou da sabatina promovida pelo jornal O Comércio. Nesta página, reproduzimos um trecho da entrevista. O conteúdo na íntegra está disponível em https://www.youtube.com/@jornalocomercio.

Assista na íntegra

Confira:

Jornal O Comércio (JOC): Quais são, na sua visão, os principais gargalos da área da saúde em Porto União?
Célio Tucano (CT): A nossa área de saúde, a gente já melhorou muito. Foi feito muita coisa. Mas o principal gargalo hoje, ou dificuldade no nosso sistema de saúde, é a falha do estado. Infelizmente, o nosso estado tem regulamentações que partem para o estado e lá trava tudo, não anda, não vai. Então esse é um dos maiores problemas hoje do nosso município.

Temos a consulta, nós damos a consulta, nós damos os exames, nós damos os remédios, mas tem muitas coisas que partem para regulamentação do estado. Muitas vezes até o pessoal questiona: por que que não é feito aqui no hospital São Braz esse procedimento? Tem que ir lá para Mafra, tem que ir lá para Joinville, tem que ir para outras cidades? É porque é uma regulamentação que já entra no estado, não dependem mais da Prefeitura de Porto União, e isso é uma coisa que foge da nossa alçada. Mas nós atendemos de todas as formas, da melhor forma possível o nosso munícipe. Tanto é que, hoje, 74% da nossa população usa o SUS. É um número grande de habitantes. São em torno de 44 mil atendimentos por mês. Nós temos em torno de 33 mil habitantes, mas 44 mil atendimentos. Tem pessoas que usam muito mais do que uma vez por mês o SUS.

A gente tem feito um trabalho muito grande para tentar amenizar. E o nosso maior gargalo, o que seria também? Exames. Não há dinheiro que chegue para pagar exames, porque um tempo atrás você ia no médico, chegava lá, você fazia a sua consulta, o médico te examinava, te olhava e te receitava o remédio. Hoje não. Hoje o médico te consulta e automaticamente ele te dá uma relação de 10 a 15 exames. Isso é tudo custeado pelo município, é tudo pago pelo município. O nosso sistema está bem sobrecarregado. Nós temos que estar correndo atrás dos nossos deputados, dos nossos parceiros, buscando sempre recursos para melhorar cada vez mais esse atendimento. Mas temos conseguido com êxito dentro do município de Porto União estar fazendo os atendimentos, proporcionando os exames, remédios. Isso é tudo responsabilidade do município.

O que nós estamos com uma dificuldade muito grande é quando parte para regulamentação do estado. E aí isso é uma briga muito grande que nós vamos ter que ter na próxima gestão que é tentar acertar com o estado. Por que não há um convênio aqui com o Hospital São Braz, que é mais perto? Por que tem que fazer convênio lá com o Mafra, com Joinville? Por que não faz com os hospitais aqui de União de Vitória, que são mais perto? São coisas que fogem às vezes da nossa alçada e nós temos que estar brigando com o governo federal, estadual, que hoje infelizmente para o nosso município tem deixado muito a desejar. Então a gente vai trabalhar bastante para que consigamos sanar essas situações e trazer mais médicos. Hoje, nós temos uma estrutura do SUS que é admirável. Até tem alguns deputados que vem pra cá e vão na nossa estrutura do SUS e falam “olha, não existe no Brasil uma estrutura igual ao SUS de Porto União”. Agora, no bairro São Francisco, também está sendo inaugurado mais uma nova área de saúde. Os nossos postos de saúde estão todos reformados.

Temos que trazer mais médicos. Temos que procurar trazer mais médicos, mas já estamos trabalhando nessa questão. Agora temos a faculdade de medicina aqui na nossa cidade. Estamos conversando com os médicos. Estão vindo aqui para lecionar, para ver se há possibilidade de estarem vindo junto conosco para atender no SUS. A gente está trabalhando muito na questão de saúde e sabemos que é uma coisa que a gente vai ter que trabalhar bastante e valorizar cada vez mais nosso município de Porto União na questão da saúde, que a gente sabe que foi trabalhado bastante, mas tem muito para se fazer. Fica nosso compromisso aqui assumido que nós vamos procurar atender o nosso munícipe da melhor forma possível na questão de saúde.

JOC: No caso de uma nova cheia nos próximos anos, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o senhor tem algum plano de contingência? As possíveis cheias e novas enchentes estão na pauta do seu mandato?
CT: A gente passou agora há pouco tempo, no ano passado, por uma enchente, até onde eu estive muito envolvido como secretário que fui. E dentro da administração a gente trabalhou muito nas enchentes, tirando as pessoas e depois levando de volta para para suas casas. A gente tem o GRAC que é o Grupo de Ações Coordenadas, ele já existe dentro da prefeitura, e que envolve todos os órgãos: Exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros, Sanepar, Copel, Celesc, Epagri, Cidasc, todas essas entidades envolvidas já dentro desse plano, com um plano de contingência caso venha acontecer novamente nós estarmos dando toda a estrutura para os nossos munícipes, tirando das áreas de risco.

Também a gente está verificando as possibilidades de construir novas casas em áreas fora de risco, até com esse projeto de ligação da BR-280 a BR-153, automaticamente nós vamos transformar um eixo de desenvolvimento lá para cima, para áreas fora de enchente. Talvez buscar novos terrenos, novas áreas para construir novas casas, incentivar talvez essas pessoas que queiram sair das partes mais baixas, porque também muitas já não querem mais sair, já tem as suas residências. Mas esse projeto que nós temos até a empresa é a Fractal Engenharia, nós já temos esses estudos em mãos.

Primeiramente nós vamos ter que fazer o tratamento de esgoto, já temos o terreno comprado para isso no bairro Santa Rosa. A gente está muito adiantado já nessas questões para ver a viabilidade do projeto desse dique. Agora, você imagina se nós conseguirmos ter sucesso, fazermos esse dique vai desde a ponte aqui até lá na entrada do rio Pintado, fazermos esse dique em volta de Santa Rosa, eliminarmos o problema das enchentes em Santa Rosa. É um sonho, é um sonho. Estamos trabalhando. Nós temos que sair da zona de conforto e buscar projetos mais criativos e possibilidades que existem. A gente vê em países de primeiro mundo tantas coisas que acontecem, as pessoas conseguem desenvolver projetos que muitas vezes nem se acredita que sejam possíveis. Mas eu acho que a gente tem que buscar essa possibilidade de resolver esse problema das enchentes. Manter mais conversas com o governo do estado do Paraná também essa possibilidade que todo mundo fala de abrir as curvas do rio. A gente sabe que tudo bate na questão ambiental, ainda mais no poder público, a dificuldade é muito maior ainda no poder público se conseguir as liberações. Mas notou-se que o governo do estado do Paraná também já se preocupou e está verificando essa possibilidade. Então vamos talvez nos reunir, fazer uma comitiva com os prefeitos também da nossa região. Vamos nos abraçar, montar uma comitiva. Vamos começar a cobrar isso, começar a cobrar mais a fundo dos governos estaduais, do governo federal, uma possibilidade de resolver esse problema das enchentes aqui nas nossas cidades. Acho que existem possibilidades. Tem como se fazer. Mas enquanto isso não se concretiza a gente tem que ter esse plano de contingência muito bem desenhado. Nós temos prova que depois das enchentes no município de Porto União, dentro de duas semanas nós deixamos o bairro Santa Rosa todo limpo, todo lavado, todo pintado e as casas todas já se colocando no seu lugar para que as pessoas voltassem a sua vida normal. A gente está sempre preocupado com tudo isso, e demonstrou na última enchente que a gente deu todo o suporte para nossa população e vamos procurar cada vez estar melhorando também essa retirada do pessoal. E esse plano de contingência cada vez está melhorando para que possamos estar atendendo o nosso munícipe lá do bairro Santa Rosa que é o nosso bairro que tem esse problema com as enchentes.

Possui alguma sugestão?

Clique aqui para conversar com a equipe de O Comércio no WhatsApp e siga nosso perfil no Instagram para não perder nenhuma notícia!

Voltar para matérias